quinta-feira, 11 de novembro de 2010

PLEXO BRAQUIAL


O membro superior é inervado pelo plexo braquial situado no pescoço e na axila, formado por ramos anteriores dos quatro nervos espinhais cervicais inferiores (C5,C6,C7,C8) e do primeiro torácico (T1). O plexo braquial tem localização lateral à coluna cervical e situa-se entre os músculos escalenos anterior e médio, posterior e lateralmente ao músculo esternocleidomastóideo.

O plexo passa posteriormente à clavícula e acompanha a artéria axilar sob o músculo peitoral maior.

Os ramos ventrais do quinto e do sexto nervos cervicais (C5-C6) formam o tronco superior; o ramo anterior do sétimo nervo cervical(C7) forma o tronco médio; e os ramos anteriores do oitavo nervo cervical e do primeiro nervo torácico (C8-T1) formam o tronco inferior.

Os três troncos, localizados na fossa supraclavicular, dividem-se em dois ramos, um anterior e um posterior, que formam os fascículos, situados em torno da artéria axilar. Os ramos anteriores dos troncos superior e médio formam o fascículo lateral; o ramo anterior do tronco inferior forma o fascículo medial; e os ramos posteriores dos três troncos formam o fascículo posterior. Na borda inferior e lateral do músculo peitoral menor, os fascículos se subdividem nos ramos terminais do plexo braquial.



Plexo Braquial
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Os ramos do plexo braquial podem ser descritos como supra-claviculares e infra-claviculares.

Ramos Supra-claviculares:

Nervos para os Músculos Escalenos e Longo do Pescoço - originam-se dos ramos ventrais dos nervos cervicais inferiores (C5,C6,C7 e C8), próximo de sua saída dos forames intervertebrais.

Nervo Frênico - anteriormente ao músculo escaleno anterior, o nervo frênico associa-se com um ramo proveniente do quinto nervo cervical (C5). Mais detalhes do nervo frênico em Plexo Cervical.

Nervo Dorsal da Escápula - proveniente do ramo ventral de C5, inerva o levantador da escápula e o músculo rombóide.

Nervo Torácico Longo - é formado pelos ramos de C5, C6 e c7 e inerva o músculo serrátil anterior.

Nervo do Músculo Subclávio - origina-se próximo à junção dos ramos ventrais do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6) e geralmente comunica-se com o nervo frênico e inerva o músculo subclávio.

Nervo Supra-escapular - originado do tronco superior (C5 e C6), inerva os músculos supra-espinhoso e infra-espinhoso.

Nervos Supra-escapular, Axilar, Toracodorsal e Subscapular
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Ramos Infra-claviculares:

Estes se ramificam a partir dos fascículos, mas suas fibras podem ser seguidas para trás até os nervos espinhais.

Do fascículo lateral saem os seguintes nervos:

Peitoral Lateral - proveniente dos ramos do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6 e C7). Inerva a face profunda do músculo peitoral maior;

Nervo Musculocutâneo - derivado dos ramos ventrais do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6 e C7). Inerva os músculos braquial anterior, bíceps braquial e coracobraquial;

Nervo Musculocutâneo
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Raiz Lateral do Nervo Mediano - derivado dos ramos ventrais do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6 e C7). Inerva os músculos da região anterior do antebraço e curtos do polegar, assim como a pele do lado lateral da mão.

Nervo Mediano
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Do fascículo medial saem os seguintes nervos:

Peitoral Medial - derivado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos peitorais maior e menor;

Nervo Cutâneo Medial do Antebraço - derivado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva a pele sobre o bíceps até perto do cotovelo e dirige-se em direção ao lado ulnar do antebraço até o pulso;

Nervo Cutâneo Medial do Braço - que se origina dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8,T1). Inerva a parte medial do braço;

Nervo Ulnar - originado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos flexor ulnar do carpo, metade ulnar do flexor profundo dos dedos, adutor do polegar e parte profunda do flexor curto do polegar. Inerva também os músculos da região hipotenar, terceiro e quarto lumbricais e todos interósseos;

Nervo Ulnar
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Raiz Medial do Nervo Mediano - originada dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos da região anterior do antebraço e curtos do polegar, assim como a pele do lado lateral da mão.

Do fascículo posterior saem os seguintes nervos:

Subescapular Superior - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). Inerva o músculo subscapular;

Nervo Toracodorsal - originado dos ramos do sexto ao oitavo nervos cervicais (C6, C7 e C8). Inerva o músculo latíssimo do dorso;

Nervo Subescapular inferior - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). Inerva os músculos subscapular e redondo maior;

Nervo Axilar - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). Inerva os músculos deltóide e redondo menor;

Nervo Axilar
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Nervo Radial - originado dos ramos do quinto ao oitavo nervos cervicais e primeiro nervo torácico (C5, C6, C7, C8 e T1). Inerva os músculos tríceps braquial, braquiorradial, extensor radial longo e curto do carpo, supinador e todos músculos da região posterior do antebraço.

Nervo Radial - Braço
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Nervo Radial - Antebraço
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.




Resumo do Plexo Braquial


Resumo do Plexo Braquial




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terça-feira, 2 de novembro de 2010

material p concurso

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ELETROTERAPIA
TENS / ULTRA-SOM / ONDAS CURTAS


l - INTRODUÇÃO

A eletroterapia em suas diversas modalidades é largamente utilizada pelos fisioterapeutas no tratamento de vários distúrbios.

Nos últimos anos houve grande evolução no conhecimento dos efeitos fisiológicos de correntes da aplicação dos agentes eletrofísicos nos tecidos.

Dentre os diversos aparelhos utilizados na eletroterapia, abordaremos neste trabalho o TENS, Ultra-som e o Ondas Curtas. O TENS atua através de mecanismos pelos quais pode inibir a dor. O Ultra-som de seus efeitos térmicos e mecânicos age principalmente no processo de cicatrização e reparo das lesões. Já o Ondas Curtas tem como um importantes efeito o aquecimento do tecido ocasionando diversas alterações que atuam acelerando o processo de cura.

Esperamos com este trabalho oferecer maiores esclarecimentos a respeito da Eletroterapia e suas inúmeras aplicações e benefícios.


TENS

II.1 CONCEITO

Segundo o Dr. Rinaldo Guirro e colaboradores, "a estimulação elétrica nervosa transcutânea é um valioso recurso físico para o alívio sintomático da dor, seja ela proveniente de lesões agudas ou mesmo decorrentes de processos crônicos".

Segundo a Dra. Sullivan, "o termo transcutânea, descreve o modo de como a terapia é aplicada. O termo elétrica refere-se ao procedimento da passagem de impulsos elétricos de baixa voltagem controlada através da pele ao tecido subjacente para a sua ação como estímulo. O termo nervo, recebe e emite sinais.

II.2 EQUIPAMENTO

Consiste de uma fonte de voltagem grande de pulsos, eletrodos e cabos interconectantes.

II.3 FONTE DE ENERGIA

O tens é uma corrente desporalizada.

Os geradores da tens podem receber sua fonte de energia primária de uma fonte convencional de corrente alternadas de 60 Hz. Sendo então modificada pelo gerador para produção de uma das formas típicas de ondas do TENS.

II.4 ELETRODOS

Posicionamento dos eletrodos

- O local selecionado deve permitir que a estimulação seja facilitada ao SNP e SNC;
- A área selecionada deve estar anatômica ou fisiologicamente relacionada á fonte da dor;
- A pele deve estar limpa e fim de diminuir a resistência da pele;
- Os eletrodos devem estar bem fixados ao tecido tratado.

Característica

Para a estimulação do tecido excitável com um único pulso de corrente, três critérios devem ser preenchidos: o estímulo precisa ter uma ascensão abrupta, o pulso precisa ter largura adequada, e a intensidade precisa ser limiar ou supra limiar.

No tecido nervoso, sabe-se que quanto maior o diâmetro da fibra mais baixo seu limiar de resposta e mais breve sua cromaria. As diferentes nas características de estímulos-resposta entre as populações de fibras maiores e fibras pequenas tornam possível a geração de impulsos de certas formas, estes impulsos podem estimular preferencialmente as grandes fibras A aferentes, que aluarão bloqueando a descarga dos impulsos da dor pelas fibras A-deltas e C.

II.5 FORMAS DE ONDAS

Pulsos Bifásicos

Ao considerar pulsos bifásicos, a largura de pulso é menos simples que nas formas de ondas monofásicas. As formas de ondas retangulares bifásicas simétricas possuem 2 larguras de pulso componentes, embora tecnicamente a largura de pulso seja igual à soma de ambas as fases de pulso, refere-se ao termo "largura de pulso" para descrever a duração da fase de pulso acima ou abaixo da linha isoelétrica.

Largura de Pulso

A largura do pulso da onda elétrica é um fator importante envolvido no acoplamento a fibra A-beta. Estudos clínicos e testes de campo demonstraram que formas de ondas com estreita largura de pulso na região dos 125 microssegundos propiciam máximo acoplamento às fibras A-beta e acoplamento mínimo às fibras C e motoras. Além da largura de pulso apropriada, a forma de onda do estimulador também deve ter um componente negativo, para impedir a ionização da pele.

Freqüência do Pulso

A freqüência do pulso é ajustada para o conforto máximo do paciente. Isto é denominada modulação, ou como corrente do tipo oscilatória.

II.6 EFEITOS NEUROFISIOLÓGICOS DO TENS

Os estímulos provenientes do sistema aferente sensitivo, atingem a via trato espino talâmico, principalmente núcleos periaquedutais que sob controle cortiçal e do sistema límbico liberam então endomorfinas as quais produzem alívio da dor.

A função básica do TENS é a analgesia

A teoria das comportas é uma outra forma de explicar a neurofisiologia da TENS. Os impulsos da TENS são transmitidos através de fibras de grosso calibre, do tipo A, que são de rápida velocidade, já os estímulos da dor são transmitidos através de fibras de calibre menor, do tipo C, que são lentas.

Desta forma os estímulos da TENS chegam primeiro ao corno posterior da medula, e despolarizam a substância gelatinosa de Holando, impedindo que os estímulos da dor passem para o tálamo. Sendo assim, as comportas ou portões da dor são fechados, daí o nome: Teoria das Comportas ou Porta da dor.


II.7 -AJUSTE DAS MODULAÇÕES

Existem 6 modalidades diferentes:

Convencional dor aguda

A estimulação convencional, de alta freqüência, pode ser definida como cadeia contínia, ininterrupta, de impulsos de alta freqüência grados com curta duração e baixa amplitude.

- Freqüência: 50 a 100 Hz (alta)
- Duração: 40 a 75 microssegundos
- Amplitude: subjetiva, devendo ser propiciada de modo a assegurar que a estimulação permaneça apenas dentro dos limites as estimulação sensitiva, resultando uma sensação forte, mas confortável.

No modo convencional a TENS recruta, preferencialmente, grandes fibras A-beta, estabelecendo um sintoma de controle da dor por pequenas fibras. Através do interneurônio no corno dorsal da medula, ao nível da "comporta" na substancia gelatinosa.

Convencional dor crônica

- Freqüência de pulso: baixa (100 a 130 Hz)
- Duração do pulso: 100 à 300 microssegundos (largo)
- Intensidade: desconfortável alta
- Início do alívio: 20 minutos
- Duração do alívio: 20 min à 02 horas.

Breve Intenso

É muito similar ao modo convencional, em que o estímulo é formado por uma cadeia ininterrupta de impulsos em freqüência muito elevadas, larguras moderadas e intensidade moderada.

- freqüência: Alta (abaixo de 100 Hz).
- Duração: 200 microssegundos (Largo).
- Amplitude: Forte, ao nível de tolerância.
- Início do alívio: 10 a 15 minutos.
- Duração do alívio: Pequeno, apenas durante a estimulação.

Obs.: Faz analgesia pela teoria do mascaramento

Acupuntura

A estimulação de baixa freqüência tem propiciado alívio à dor. O mecanismo de ação que produz analgesia com estimulação de baixa freqüência tem sido descrito como sendo mediado por opiáceos.

A liberação dos peptídeos opóides que poderia resultar em analgesia deve ser parcial ou completamente revertida pelo naloxone.

- Freqüência: 1 à 4 Hz
- Duração: 200 microssegundos
- Amplitude: Contrações musculares de baixa freqüência, visíveis.

Burst ou Trem de Pulso

- Freqüência: Trens de larga freqüência 970 a 100 Hz, modulados a uma freqüência de 2 Hz.
- Duração: 100 a 200 microssegundos
- Amplitude: Contrações rítmicas, toleráveis
- Início do alívio: 10 a 30 minutos
- Duração do alívio: 20 min à 06 horas

Obs.: Também faz analgesia na fase crônica.

Modulado

- Freqüência de Pulso: 50 à 100 Hz
- Duração do Pulso: 40 à 75 microssegundos.
Pode modular cada pulso do trem de pulso. Intensidade: Variável de acordo com a forma de modulação.
- Início do alívio: Depende da forma de modulação.
- Duração do alívio; Depende da forma de modulação.


II.8 MONITORES DA TENS

O TENS pode ser monitorado de acordo com a patologia do paciente.

Existem aparelhos de TENS com potências diferentes. Os portáteis geralmente têm menor potência e não servem para serem utilizados em pós-operatórios. Mas em compensação a maioria destes portáteis têm a modalidade Modulação, na qual podemos adaptar em uma só corrente parâmetros combinados de modalidades.

Controle de Largura do Pulso (T)

Ajusta a duração de cada pulso. Está graduado de 1 a 9 associado a duração crescente com a elevação dos números.

Controla o tempo de duração de cada pulso, cuja gama vai de 32 a 350 microssegundos.


Controle da Freqüência e Salva (R)

Controla a freqüência de repetição dos pulsos ajustados em T, deforma que o intervalo entre um pulso e outro aumente com os números marcados. (1 a 9)

Obs.: Assim sendo a freqüência diminui com o crescimento dos números.

A posição S designa o modo intermitente ou salva. Este controle programa o tempo entre um pulso e outro, ou seja, a freqüência de repetição dos pulsos. Seu alcance vai de 8 a 125 milissegundos, isto é, permite uma repetição de 6 pulos/segundos até 170 pulsos/segundos, correspondente a uma faixa de freqüência de 8 a 170 Hz. Nota-se ainda que, com o controle R voltado totalmente no sentido anti-horário encontra-se a marca S (salva).

Ao ser atingida esta posição opera-se uma chave interna ao se ouvir seu ruído característico, e passa-se ao regime de salva, ou seja, um trem de pulso constituído de 7 pulsos, e T variável, porém com R fixo em 4,8 milissegundos. Esses trens se repetem automaticamente, a uma freqüência de 2 Hz. Ao se girar o controle no sentido horário a chave se desliga e passamos ao regime de pulsos excessivos.

II.9 CONTROLE DA AMPLITUDE

Cada um dos controles (l e II) determina a intensidade de estimulação ou dose de cada canal. Também estão marcados de 1 a 9 e a intensidade aumenta com o crescimento dos números. Cada um desses controles incorpora ainda uma chave liga-desliga.

Os controles de amplitude dos canais poderão ser ativados, gerando-os no sentido horário. As amplitudes deverão ser tais que sejam sentidas pelo paciente. Se mesmo com o controle de amplitude na posição máxima intensidade não houver potência suficiente, aumentar progressivamente o controle de T.

- ULTRA-SOM

III.1 - DEFINIÇÃO

Movimento ondulatório na forma de onda mecânica. A onda do Ultra-som tem natureza longitudinal, isto é, a direção da oscilação é a mesma que a da propagação. Tais tipos de ondas requerem de um meio para sua propagação (não se propagam no vácuo) e causam compressão e expansão do meio.

III.2 - BASES FÍSICAS

a) Tipos de ondas

Transversais - Ex.: corrente elétrica
Longitudinais - Ex.: onda sonora

b) Natureza do som

As ondas sonoras são ondas longitudinais da matéria, que consiste em um movimento de vais e vem das moléculas, produzem assim uma energia vibratória que mobilizam um milhão de moléculas à medida que se propagam entre os tecidos. O meio que recebe as ondas deve possuir um determinado grau de elasticidade a fim que as partículas resistam a deformidades e mantenham a movimentação das moléculas. À medida que se movem as partículas promovem zonas de compreensão rarefação.

c) Freqüência

É o número de oscilações das moléculas que determina a freqüência da passagem do som.
Que é expressa em MHz. O número de oscilações produzidas pelo CRISTAL de PzT, localizado dentro do cabeçote do aparelho é que determina a freqüência do aparelho. Existem aparelhos que oferecem 2 cabeçotes diferentes, um com uma freqüência de 1 MHz e outro com uma freqüência de 3 MHz.

d) Propriedade Acústica do Tecido

As ondas podem penetrar com mais facilidade em alguns meios em que outros, isto é, modificado de acordo com a constituição tecidual (impedância acústica), pois cada tecido possui densidade diferentes. Sendo assim, quando a onda sônica passa pêlos tecidos ela poderá ser "refletida", "refraladas" ou "absorvida". - Reflexão: ocorre nos limites entre os diferentes tecidos (interfaces). A quantidade de energia refletida depende da impedância acústica específica de cada tecido. Quando a onda bate ela retorna à partir da superfície onde foi projetada, depende também do ângulo de incidência - Refração (Transmissão): é quando a onda do ultra-som pode continuar propagando-se a um novo meio. Se incide em ângulo reto e continua na mesma direção. - Absorção: Os tecidos por onde as ondas Ultra-som passam absorvem sua energia. As ondas de elevada freqüência são absorvidas mais rapidamente que as de baixa freqüência, ou seja, um cabeçote de 1 MHz é absorvido entre 5 á 10 cm de profundidade e de cabeçote de 3 MHz é absorvida a mais ou menos 5 cm de profundidade.

e) Piezeletricidade

E quando aplicamos pressão mecânica sobre de determinados materiais e ele desenvolve cargas elétricas em sua superfície. Tal efeito também ocorre no sentido inverso, ou seja, quando aplicamos correntes elétricas alternadas sobre determinados materiais eles são capatazes de vibrar e portando produzir ondas ultra-sônicas. São os cristais.

f) Principais Geradores

Cristais antigos: Quartzo
Cristais modernos: PZt cerâmico (tetànio de piomozirconato, chumbo, zircônio e tetànio)

g) Freqüência do som

Audíveis: 20 à 20.000 Mz
Infrasom: abaixo de 20 Hz
Ultra som: acima de 20.000 Hz

III.3 - TIPOS DE ULTRA SOM

Quanto a freqüência

a) de 1 MHz: ultra som profundo - 5 à 10 cm de profundidade
b) de 3 MHz: Ultra som mais superficial - 1,5 á 3 cm de profundidade

Quanto ao tipo de onda

a) contínuo: não possui interrupções no fluxo longitudinal das ondas
b) intermitente ou pulsátil: seriam intercepções no fluxo contínuo de ondas ultra-sònicas, onde as seriam intercaladas com pausas, de forma que o efeito térmico é minimizado por um atrito menos constante (a vibração é interrompida por pausas), sendo assim o efeito mecânico do Ultra som intermitente é superior.


III.4 - EFEITOS

Efeito térmico

O atrito a atividade das células promove calor o calibre dos vasos o fluxo sanguíneo nutrição tecidual a retirada de catabólitos favorece a regeneração tecidual

Efeito Mecânico

Efeito Mecânico a permeabilidade da membrana acelera a absorção dos fluidos

Devido a ação mecânica entre os tecidos é que ocorre liberação de aderência, devido a separação de aderências, devido a separação das fibras de colágenos, remodelagem das camadas intracelulares, absorção do excesso de íons de Ca++. Mais presente no ultra-som intermitente.

Diminuição da dor

Devido ao efeito térmico, que aumenta a irrigação sanguínea local, leva ao aumento do metabolismo e conseqüente retirada de catabólitos, levando a uma descompressão das terminações nervosas de dor local.

III.4.1 - Técnica

a) Subaquática
b) Bolsa de água (indireta)
c) Gel (direta)

III.5 - CUIDADOS

a) Limpar a região
b) Usar gel ou medicamentos à base de gel (o ultra-som se propaga muito bem na água ou ambiente aquoso e é bloqueado na presença de gordura (vaselina, óleos, pomadas, bálsamos)).
c) Deslizar o cabeçote em movimentos circulares
d) Manter contato perfeito em ângulo de 90°
e) Ligar e desligar o aparelho, mantendo o cabeçote em contato com a área.
f) Na técnica indireta, passar gel na pele e na bolsa de água.
g) Não de haver bolhas de ar dentro da bolsa de água desgaseificada.


III.6 - PRECAUÇÕES

a) Queimaduras: devido ao efeito térmico encacerbado por altas intensidades, algumas também delegam ao uso do cabeçote parado, por delimitar potenciais de pico em uma pequena área.
b) Hiperdosificaçâo: por produzir diversas lesões e estas levam a fibrosos.
c) Cavitação: é um deslocamento dos tecidos. E ocorre em doses excessivas. Na verdade ocorre um aumento da absorção ao nível das interfaces, produzindo um aumento do efeito Piezelétrico, destruindo principalmente a mitocôndria, que liberará gases, formando caversas gasosas.
d) Alteração no aparato: um acoplamento errado do cabeçote pode produzir reflexão superficial, não atingindo a terapia os níveis ideais de profundidade.


III.7 - CONTRA-INDICAÇÃO

a) Ouvido
b) Olhos
c) Ovários e testículos
d) SNC
e) Zonas de crescimento ósseo
f) Útero grávido
g) Neoplasias
h) Processo infeccioso
i) Cicatrizes em pós-operatório imediato e mediato/somente após 10 dias
j) Tromboses, flebites
k) Área cardíaca
l) Áreas tratadas com radioterapia


III.9 - DOSIMETRIA E TEMPO DE APLICAÇÃO

Vai depender da natureza da lesão e do quadro do paciente: agudo ou crônico.

O tempo pode variar de 5 a 8 minutos de acordo com a área. Para dedos pode ser aplicado em 3 minutos.


IV - ONDAS CURTAS

A diatermia é uma técnica que consiste em elevam a temperatura dos tecidos pela passagem de uma corrente de alta freqüência e ondas curtas através de uma região do corpo. O calor é produzido pela resistência dos tecidos à passagem da corrente elétrica.

Os aparelhos de diatermia por ondas curtas têm três componentes básicos: suprimento de energia, circuito oscilador e o circuito de paciente.

As freqüências permitidas para operações de diatermia por ondas curtas são 13, 66, 27, 33, 40 e 98 MHz. Os comprimentos de onda correspondente as freqüências permitidas são 22, 1, 7.5 metros.

A freqüência da oscilação de ondas curtas é estabelecida pela Convenção de Atlantic City, em 1942, a fim de prevenir transtornos em outras atividades de transmissão.


IV.1 - DEFINIÇÃO

Diatermia

É a aplicação de energia elétrica de afta freqüência que se usa para produzir calor nos tecidos corporais (aumentam a temperatura em até 40 a 45°)

Alta Freqüência

Uso terapêutico de oscilações eletromagnéticas com freqüência superior a 300.000 Hz e possuem a características de não despolarizarem as fibras nervosas.

Ondas Curtas

É uma forma de eletroterapia de alta freqüência, sendo considerada as correntes com as seguintes freqüências e comprimentos de onda:

• 27,12 MHz, com longitude de onda de 11 M (mais comum)
• 13,56 MHz com longitude de onda de 22 M
• 40,68 MHz com longitude de onda de 7,5 M


IV.2 - BASES FÍSICAS

Efeito Joule

Quando uma energia passa através de um condutor, parte da energia elétrica se converte em calor. "A quantidade de calor produzida em um condutor é proporcional ao quadrado da intensidade da corrente, e a resistência e ao tempo que dura a passagem da corrente".

Produção de Calor:

As moléculas muito próximas (nos tecidos muito densos), aumentam a temperatura mais facilmente, pois os movimentos rápidos das moléculas aumentam o atrito e conseqüentemente produzem calor organicamente. Pode ser exemplificado pelo tecido ósseo muscular.

Ausência de Fenômenos Eletrolíticos:

Devido à alta velocidade de condução das correntes de alta freqüência, não existe a possibilidade de eletrólise.

Produção de Corrente de Ondas Curtas

A transformação de corrente alta doméstica de 120v e 60 Hz em 500V e 45 MHz é conseguida através de uma fonte de energia que alimenta um oscilador de radiofreqüência, que em seguida passa por um amplificador de potência que gera uma potência necessária para os eletrodos, este amplificador é ligado a um depósito ressonente de saída (sintonizador) que sintoniza o paciente à parte de um circuito, o que permite transmitir o máximo de energia a ele.
Quanto mais curta é a longitude de onda, maior a freqüência e maior a penetração.

Campo Eletromagnético

Segundo estudo de Faraday e Maxwell descobre-se que todo campo elétrico gera um campo magnético e vice-versa, e as ondas eletromagnéticas se propagam na velocidade da luz (3X 108M/seg). v = (. F.


IV.3 - MÉTODOS DE TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA AO PACIENTE.

Qualquer aparelho que gera corrente elétrica gera também um campo elétrico e campo magnético. A produção e a predominância destes campos depende de algumas características, como tipo de eletrodos, colocação dos eletrodos. A aplicação de ondas curtas.
Pode ser transferida através de campo de condensação ou eletrostático ou campo indutivo ou eletromagnéticos.

IV.4 - EFEITOS FISIOLÓGICOS

Todas as correntes de alta freqüência penetram mais profundamente no corpo do que a radiação infravermelha, por conseguir o paciente ser submetido a diatermia nunca deve ter uma sensação de calor tão intensa quanto aquela produzida pela energia infravermelha.

No caso do aquecimento mais moderado, nota-se aumento gradual na vascularização que pode ajudar na resolução de um processo patológico valioso recurso físico para o alívio sintomático da dor, seja ela proveniente de lesões agudas ou mesmo decorrentes de processos por um período de tempo suficientemente longo para possibilitar que ocorra a troca de calor.

A temperatura que será produzida nos tecidos de um organismo vivo será modificada por fatores fisiológicos, como a distribuição da temperatura preexistentes e alterações no fluxo.


Efeito Fisiológico sobre os Vasos Sanguíneos e Linfáticos

O principal efeito é a vasodilataçâo, que é decorrente de um efeito físico básico, a dilatação dos corpos. Quando qualquer corpo sofre intervenção do calor; ocorre uma vibração molecular, que promove um afastamento, levando o corpo a se expandir.

A vasodilataçâo inicialmente ocorre nas arteríolas e capilares, que em caso de permanência atinge através, vasos linfáticos e veias.

A terapia por ondas curtas, aumenta a irrigação sanguínea da área e eliminação da linfa, o que aumenta a capacidade de reabsorção do tecido. Estudos de Barth e Kern indicam que um calor brando por tempo curto favorece a vasodilataçâo ; ao contrário, tempos prolongados e intensidades elevadas promovem vasoconstrição.

Efeitos Fisiológicos sobre o Sangue

1 - Troca dos níveis de glicemia:

Após aplicação direta sobre as glândulas endócrinas, onde ocorreu hiperglicemia nos primeiros 35', sendo seguida de hipoglicemia, que dura várias horas, não sendo clara a correlação deste fenômeno com o aumento de metabolismo.

2 - Aumento do aporte de leucócitos nos tecidos adjacentes:

Decorre do aumento do fluxo sanguíneo local que aumenta a demanda de 02, nutrientes e leucócitos, levando a um aumento da capacidade de fagocitose. Todo este mecanismo traduz-se em aumento de metabolismo.

3 - Tempo de coagulação diminuída e diminuição da viscosidade do sangue:

A diminuição da viscosidade do sangue é decorrente de uma alteração física do calor. ) O calor quando incide sobre um corpo diminui a coesão intermolecular, fluidificando os líquidos).

Efeitos Fisiológicos sobre o Metabolismo

O aumento do fluxo sanguíneo local proporciona o aumento de 02 e nutrientes das regiões e acelera a retirada de catabólicos, favorecendo a exceção.

Efeitos Fisiológicos sobre o Sistema Nervoso

Ao nível do SNC as aplicações locais (na hipófise) podem influenciar a atividade das glândulas com a elevação do fluxo sanguíneo e disseminação para outras áreas até atingir o SNC, onde esta localizado o centro hipotalâmico responsável pelo controle de temperatura corporal.
Já no sistema nervoso periférico, as fibras nervosas periféricas têm sua velocidade e condução aumentada em conseqüência do calor.

Efeitos Fisiológicos do tecido Muscular

Relaxa a musculatura, facilita a transmissão nervosa e através da vasodilataçâo promove a captação da toxina no trabalho muscular.

Destruição Tecidual

Este efeito só será ativado no caso de calor excessivo, que irá irritar o tecido, promovendo uma coagulação por desnaturação da proteínas (queimadura).

Diminuição da Dor.

Inibição nas terminações nervosas sensitivas;
Relaxamento muscular em decorrência do aumento do fluxo
sanguíneo local, que favorece o aumento de metabolismo e drenagem de
catabólicos.

Diminuição da Pressão Arterial

Em situações normais, quando o calor incide sobre um corpo, primeiro ocorre vasodilatação, seguida de diminuição da viscosidade do sangue.

Efeitos Gerais

1 - Cansaço e necessidade de dormir: ocorre em aplicações gerais e prorrogadas, em decorrência do aumento de temperatura geral.
2 - Efeitos acumulados: a energia de ondas curtas poderá ser acumulada também por pequenas doses; é o que ocorre facilmente com os terapeutas que manuseiam os equipamentos de diatermia, que são os mesmos sintomas dos técnicos que trabalham com ondas de radiodifusão, estes são: depressão, ansiedade, cansaço cefaléia, insônia.


IV.5 - DOSIMETRIA

a) Calor muito Débil - imediatamente abaixo do limiar de sensibilidade imperceptível.
b) Calor Débil - imediatamente perceptível
c) Calor Médio - Sensação dará de calor
d) Calor Forte - no limite de tolerância


IV.6- TEMPO DE APLICAÇÃO

De um modo geral, preconiza-se 20 a 25 minutos de aplicação.


V1.7 - INDICAÇÕES

* Afecções traumáticas do tecido mole;
* Cervicalgia;
* Dorsalgia;
* Lombalgia;
* Sacralgia;
* Epicondilite;
* mialgia;
* Tendinite,
* Fibrose;
* Sinovite;
* Tenoreaginite
* Capsulite;
* Periostite;
* Bursite;
* Miosite;
* Ostite;
* Tenossinovite
* Espasmo muscular;
* Miogelose;
* Ciatalgia;
* Lombociatalgia;
* Neuralgia;
* Cervicobraquialgia
* Neurite;
* Processos inflamatórios crônicos;
* Neuropatias, especialmente ciática;
* Artrite crônica;
* Contusões, etc.


V1.8 - CONTRA INDICAÇÕES

* Neoplasma
* Marcapasso
* Gravidez
* Tuberculose
* Febre
* Artrite e artrose
* Implantes metálicos
* Transtornos de sensibilidade (relativo)
* Transtornos circulatórios (flebites, arteriosclerose -relativo)
* Cardiopatas descompensados
* Fase aguda das patologia
* Período menstrual
* Tecidos expostos a radioterapia
* Hemorragia
* Região dos olhos (opacifica o cristalino - humos aquoso)
* Áreas com tecido adiposo muito espesso (maior que 3 cm de espessura)
* Hemofilia
* Fármacos anti-coagulantes.



ONDAS CURTAS PULSÁTIL

No ondas curtas contínuo a produção de calor ocorre pelo atrito provocado por uma corrente de alta freqüência, sofrendo resistência ao tentar passar por alguns tecidos, com este atrito e constante, a produção de calor é intensa.

No ondas curtas pulsátil esta vibração não é contínua e o calor que seria somado se dispersa nos intervalos de pausa.

Efeitos Terapêuticos

Os efeitos alcançados pelo ondas curtas pulsátil são mais evidentes, produzindo excelente resposta:

* Em acelerar a cicatrização de feridas
* Reabsorção rápida de hematomas e edemas
* Analgesia rápida
* Potente estimulador da circulação periférica.



CONCLUSÃO

O nosso corpo possui energia bioelétrica, e essa energia, aliada à energia dos equipamentos, aumenta a probabilidade de reparação tecidual.

Como foi exposto, a Eletroterapia atua de diversas formas auxiliando no tratamento fisioterapêutico. Conhecer seus meios, efeitos, indicações e contra-indicações é de vital importância para os estudantes e profissionais fisioterapeutas.

Esperamos Ter oferecido um conteúdo que propicie aos leitores esse conhecimento.


Fonte: http://www.wgate.com.br/conteudo_fisioweb.asp?p=eletroterapia



Fisio estática



Eletrotermofototerapi

ELETROTERMOTERAPIA

1-TERMOTERAPIA.

1.1 Definição:

A termoterapia é a aplicação de agentes térmicos (frios ou quentes) com finalidade terapêutica. O aquecimento ou resfriamento de um tecido vai depender da natureza do tecido, localização deste tecido e do tipo de agente físico utilizado. De modo geral aplicação do calor levam os tecido a temperatura de 40°C, sendo que a partir de 45°C pode haver lesão. O mesmo pode ocorrer com o resfriamento do tecido.

Vale lembrar: cada pessoa possui uma sensibilidade térmica única, que varia de acordo com sua experiência de vida e cultura.

1.2 História:

- O homem primitivo procura se expor ao sol para receber seu calor benéfico e efeitos vitalizantes. Sem nenhum tipo de conhecimento, apenas com a capacidade de observação o homem banhou um ferimento em água para curar e friccionou o músculo contundido para aliviar a dor.

- Hipócrates(460-375 a.C), que preconizava o uso da água tanto para a cura como para a recreacional. O “pai da medicina”, Hipocrates, considerava a doença um distúrbio do corpo e a cura era o restabelecimento do equilíbrio do corpo; a qual se conquistava através da água, da vida saudável, da luz, dieta, massagem e tranqüilidade psíquica. O pai da Medicina utilizou a água fria para dores articulares, processos inflamatórios e contraturas musculares. A água do mar era utilizada para erupções cutâneas, feridas simples e chagas não infectadas.

- Na Idade Média da Europa Ocidental o culto do corpo e os cuidados com a higiene foram abandonados, os conhecimentos adquiridos ficaram fechados dentro dos monastérios.

1.3 Divisão:

# Quanto a profundidade e a ação: superficial e profunda.

# Quanto a sensação térmica: Hipertermoterapia e Hipotermoterapia.

1.5 Termodinâmica:

# A termodinâmica estuda as relações entre as quantidades de calor trocadas e os trabalhos realizados em um processo físico envolvendo um corpo ou um sistema de corpos.

# Calor é definido como uma sensação que se experimenta em ambiente aquecido (pelo sol ou artificialmente), ou junto de um objeto quente ou que se aquece (Aurélio, 2000).

# Na Física o Calor é a energia térmica em trânsito, isto é, a energia transferida de um corpo para outro quando existe diferença de temperatura entre eles.

- Temperatura é a medida do grau de agitação das moléculas de um corpo, ou seja, do nível de calor.

- Os conceitos de morno, quente, frio e gelados são sensações transmitidas aos nossos sentidos e variam de uma pessoa para outra dependendo da sensibilidade de cada pessoa.

1.6 Fisiologia Humana:

A temperatura corporal representa um equilíbrio entre o calor produzido ou adquirido pelo corpo, e a quantidade perdida. Sendo os humanos de sangue quente, ou homeotérmicos, a temperatura corporal permanece relativamente constante, 36,5°C para adultos. O sistema termo-regulador é responsável pela manutenção da temperatura corporal interna constante.

1.7 Propagação do Calor:
















1.8 A aplicação de calor apresenta os seguintes efeitos locais:

· Vasodilatação,

· Aumento da taxa de metabolismo local,

· Aumenta a extensibilidade do colágeno,

· Diminui o espasmo muscular.

1.9 Indicações para o uso do calor:

· Alivio da dor,

· Relaxamento,

1.10 Contra-Indicações para o uso do calor:

· Perda se sensibilidade ou anestesia,

· Estados febris,

· Inflamação aguda,

· Processos infecciosos.

1.11 Aplicação:

· Vai depender do objetivo da aplicação dos agentes térmicos ( frio ou quente)

· Da área a ser tratada,

2. HIPERTERMOTERAPIA

2.1 Manta Térmica

Existem vários tamanhos (30x39cm, ou 0,70 x 1,40m) e modelos de Mantas Térmicas, o importante que tenha um termostato (IMPORTANTE), isso oferece para paciente e para o terapeuta segurança. A temperatura de uma Manta pode várias entre 40 a 80 °C.

· Precauções e Orientações:

- Cuidar com os produtos que irão ser aplicados: alergia.

- Nunca deixe a Manta ligada e dobrada, pois o revestimento plástico pode fundir-se provocando um superaquecimento;

· Indicações:

-Ver efeitos do calor local - n° 1.8

· Contra-Indicações:

- Ver Contra Indicação do uso do calor – n 1.10

2.2 Compressas Quentes

Existem várias de aplicar as compressas quentes:

-Toalhas Úmidas

-Bolsas de água quente

- Bolsas de gel

· Indicações:

-Ver efeitos do calor local - n° 1.8

· Contra-Indicações:

-Ver Contra Indicação do uso do calor – n 1.10.

· Aplicação:

- Vai depender do objetivo da aplicação dos agentes térmicos

- Da área a ser tratada:

Exemplos:

- Tratamento Corporal – Manta térmica-

- Tratamento Corporal – Compressa Quente-

- Tratamento Facial – Manta Térmica-

3.3 Vaporizadores de Ozônio

É um aparelho elétrico que permite uma projeção do vapor da água com adução de ozônio.

Efeitos fisiológicos e ações:

- Vasodilatação-

- Dilatação do óstios foliculares (poros)

- Efeito bacteriostático

Indicação

-Limpeza de pele:

- Hidratação

Contra- indicações:

-Perda de Sensibilidade

- Alergia

3. HIPOTERMOTERAPIA

Knight (2000), define crioterapia como "terapia com frio" a aplicação terapêutica de qualquer substância ao corpo que resulte em remoção do calor corporal, diminuindo, assim a temperatura dos tecidos.

As primeiras utilizações do frio com neve e gelo natural foram feitas pelos antigos Gregos e Romanos para tratar uma variedade de problemas médicos. Muitos livros antigos foram escritos sobre a crioterapia no inicio do século XIX e, em 1835, a aplicação de compressas geladas em ferimentos inflamados era bastante popular

A ordem de sensações, quando aplica-se o gelo é: formigamento, cócegas, frio, dor e perda da sensação tátil ( Guirro e Guirro, 2002).

· Indicações de tratamento pelo frio.

- Após traumatismo e inflamação aguda.

Obs:

- Redução de edema: compressão mecânica .

- Analgesia: adaptação do receptor

· Contra - Indicações do tratamento pelo frio.

- Ferimento aberto,

- Alergia,

- Hipersensibilidade ao frio,

- Pele com pouca sensibilidade ou anestesiada,

- Intolerância ao frio,

- Alguns problemas de saúde,

- Cuidado! O Frio também queima!

3.1 Compressas Frias:

As compressas frias podem ser aplicadas no corpo por meio de quatro técnicas:

- Bolsas plásticas com gelo Moído:

Evitar que a bolsa fique muito cheia de gelo, pois ela deve ser moldada no corpo.

A área da lesão deve ser toda coberta (1 bolsa de gelo ou mais). Fixar com a ajuda de uma faixa elástica

- Bolsas reutilizáveis de gel frio:

- Unidade de terapia de frio compressivo (TFC)

- Compressões frias químicas (frio é produzido por uma reação química).

3.2 Bandagem Fria:

A bandagem fria consiste na aplicação de um gel, cuja base substâncias que promovem o resfriamento dos tecidos superficiais, seguidos ou não da colocação da faixa de algodão ou crepe embebidos em soluções. O enfaixamento proporciona uma melhor qualidade no resfriamento e mantém a área resfriada por um período maior.

· Cuidados Especiais:

- Não se deve tomar banho até três horas após a aplicação.

- Não se deve cobrir a área tratada.

- Não enfaixar a área lesada.

· Contra – Indicações:

- Pacientes portadores de distúrbios gástricos ou intestinais,

- Presença de lesões na área a ser tratada,

- Após as refeições no caso de bandagens abdominais.

4. ULTRA-SOM:

É uma forma de energia mecânica que consiste de vibrações de alta freqüência, obtida aplicando-se tensão elétrica oscilante, conveniente, sobre um transdutor que é projetado para expandir-se e contrair-se (efeito piezelétrico) na mesma freqüência que a tensão elétrica aplicada. Desta forma são geradas as ondas ultra-sônicas longitudinais que provocam oscilações nas partículas no meio onde se propagam.

As freqüências das ondas ultra-sônicas variam de 20.000 a 20.000.000 de ciclos, as quais são inaudíveis ao ouvido humano.

As freqüências terapêuticas podem variar de 1MHz (US fisioterápico), 3MHz e 5MHz (US estético).

O aumento da freqüência do US resulta num aumento do atrito das partículas no meio onde está inserido e conseqüentemente gerando um maior efeito térmico em tecidos superficiais acarretando numa maior absorção nos mesmos. Este caráter térmico superficial deve-se à diminuição do comprimento de onda que é inversamente proporcional ao aumento da freqüência da onda.

Devido à diminuição do comprimento de onda e o aumento da temperatura e taxa de absorção em tecidos superficiais decorrentes do aumento da freqüência, obtemos uma diminuição da efetividade de penetração em tecidos profundos.

Quanto maior for à freqüência, menor sua profundidade de atuação e menor deve ser a intensidade aplicada.

Regime de emissão contínua:

As ondas sônicas são contínuas, sem modulação de amplitude, onde se busca o somatório dos efeitos térmicos e efeitos mecânicos (alteração da pressão e micro-massagem).

Na terapia por US contínuo a energia emitida pelo transdutor produz um contínuo incremento no aquecimento dos tecidos.

Regime de emissão pulsada:

As ondas sônicas pulsadas possuem modulação em amplitude com freqüência de 16 a 100 Hz. O uso de US pulsando resulta numa redução média do aquecimento dos tecidos, porém conservando mesmo nível instantâneo de estimulação mecânica no tecido, isto permite o aumento dos efeitos não térmicos do US nos tecidos (Summer & Patrick de 1964).

Relação

Duração

Repouso

25%

2ms

8ms

50%

5ms

5ms

75%

8ms

2ms

A porcentagem de 25%, 50% e 75% é referente ao ciclo de trabalho que pode ser variado. Quanto menor o tempo de pulso, menor o calor produzido.

Efeitos físicos

Quando o US penetra no corpo, exerce um efeito sobre as células e tecidos mediante dois mecanismos físicos: térmico, atérmico.

Efeito Térmico:

Quando a onda de US desloca-se através dos tecidos, uma parte dela é absorvida, gerando calor dentro deste tecido.

A quantidade de absorção depende da natureza do tecido, seu grau de vascularização e da freqüência do US (Guirro, 2002).

Tecidos com elevado conteúdo protéico absorvem mais rapidamente que o com maior conteúdo de gordura.

Para Dyson, para se obter efeitos terapêuticos através do aquecimento, sem lesão, a temperatura do tecido tem que se manter entre 40 e 45ºC por aproximadamente 5 minutos.

Esta temperatura produz um temporário aumento da extensibilidade de estruturas colágenas, aumento da circulação sanguínea e outros.

O efeito térmico é relatado somente nas intensidades superiores a 1w/cm² e no modo contínuo.

Efeito Atérmico:

Consiste na produção de efeitos terapeuticamente significativos sem o envolvimento de uma temperatura expressiva.

Esses efeitos classificam-se em: estimulação da regeneração dos tecidos, reparo do tecido mole, fluxo sanguíneo em tecidos cronicamente isquêmicos, síntese de proteínas (Kitchen et al, 1998).

Outros mecanismos estão envolvidos na produção deste efeito atérmico, como: cavitação, corrente acústica e ondas estacionárias.

Cavitação:

O termo descreve a formação de cavidades ou bolhas no meio líquido, contendo variáveis de gás ou vapor (Guirro, 2002).

Pode ser classificada em:

• cavitação estável;

• cavitação instável ou transiente

Cavitação Estável:

É uma forma pouco agressiva, estando associada com a vibração dos corpos gasosos que oscilam geralmente de forma não-linear. Quando tais oscilações estão estabilizadas, as bolhas de gás produzem um fluxo ou ondulações no meio, conhecidas como microondulações acústicas ou correntes acústicas.

Esse fenômeno pode resultar em alterações terapeuticamente vantajosas, como o: aumento da síntese protéica, aumento da secreção dos mastócitos, aumento da absorção do Ca+, aumento da produção pelos fatores de crescimento pelos macrófagos, alteração na mobilidade dos fibroblastos.

Cavitação Instável:

Ocorre quando há uma violenta implosão de bolhas, se o pico da intensidade for suficientemente alto.

O colapso dessas bolhas libera energia que pode romper as ligações moleculares, provocando a produção de radicais livres, íons hidrogênio e íons hidroxila, altamente reativos.

Essa reação ocorre quando há presença de ondas estacionárias (superposição de ondas). Para evitar essa reação é importante a constante movimentação do cabeçote transdutor durante a aplicação.

Restrições e contra-indicações:

• Útero gravídico e gônadas;

• Tumores e lesões cancerosas;

• Anormalidades vasculares, por exemplo TVP, êmbolos, aterosclerose;

• Infecções agudas;

• Área cardíaca;

• Olho;

• Hemofílico não cuidado pela reposição do fator;

• Área sobre saliências ósseas subcutâneas;

• Placas epifisárias;

• Medula espinhal após laminectomia;

• Grandes nervos subcutâneos;

• Crânio;

• Áreas anestésicas.

Cuidados especiais

Não ultrapassar a dosagem. Não deixar o cabeçote parado sobre um local durante a terapia.

Não deixe o cabeçote vibrar no ar enquanto ligado, pois isso danificará seu cristal.

Não deixe o cabeçote cair no chão, pois poderá danificá-lo, principalmente seu cristal.

Entre um paciente e outro limpe bem o cabeçote, eliminando o resto do gel. Para desinfecção do cabeçote, use um pano limpo umedecido com álcool.

Para evitar um contato direto pode ser colocado um preservativo no cabeçote, de forma que o mesmo fique bem adaptado e não contenha ar sobre a superfície de aplicação.


5. VACUOTERAPIA

Esta técnica vem sendo pesquisada na década de 90 pelos franceses que apelidaram "palper-roler" e posteriormente ficou conhecida como endermologia. A vacuoterapia usa um sistema de rolos e vácuos que suavemente efetua uma massagem profunda, com atuação principalmente no sistema linfático onde as toxinas e líquidos anormais são expelidos das fibras musculares e absorvidos pelo metabolismo. As fibras do tecido conectivo são alongadas dando um contorno corporal mais definido e a ação colágeno é restaurada. A vacuoterapia ao contrário da lipoaspiração não é invasiva, podendo conjugar-se a lipoaspiração quando necessário.

A vacuoterapia tem como campo de atuação os sistemas circulatórios e preferencialmente o sistema linfático nos planos profundos e superficiais. Seu papel principal é restabelecer o equilíbrio hídrico dos tecidos e conseqüentemente a absorção (eliminação de toxinas), o que leva um maior fluxo de nutrientes sangüíneos e um aumento de oxigenação e renovação celular, melhorando a qualidade das fibras musculares.

Estas transformações ocorrem graças à sucção gerada por um mini compressor elétrico, transmitida a um bocal.

Indicação:

1. Melhora na circulação sangüínea;

2. Após imobilização;

3. Celulite;

4. Tensão;

5. Relaxamento;

6. Pré e pós-cirúrgico;

7. Adiposidade.

Contra indicações da utilização da depressomassagem

1. Sobre ferimentos;

2. Áreas com equimose/hematomas;

3. Erupções na pele;

4. Artrite, artrose, reumatismo;

5. Renal crônico;

6. Flebites;

7. Neoplasias;

8. Trombose;

9. Gravidez (na área do abdômen);

Número de sessões:

O número de sessões deste equipamento é ilimitado, porém para que os efeitos possam surgir, é necessário um programa de 10 a 15 sessões podendo estender-se até 20 sessões dependendo do caso. É Ideal que seja realizada 2 a 3 sessões por semana. Mais que 3 sessões não significa que os resultados serão melhores que os outros.

Endermologia

Trata-se de uma técnica de tratamento que engloba equipamentos específicos (daí suas diferentes denominações), baseados na sucção (pressão negativa), acrescida de uma mobilização tecidual positiva efetuadas por rolos localizados no cabeçote de aplicação, produzindo uma mobilização profunda da pele e tela subcutânea, permitindo um incremento na circulação sanguínea superficial.

Possui as seguintes funções:

Hipervascularização: mobiliza o sangue dos capilares cutâneos, melhora o trofismo do vaso sanguíneo e favorece a alimentação celular.

Desfibramento: atua na melhora do trofismo e age na reestruturação do tecido conjuntivo, com entrada de enzimas e de elementos nutritivos e a eliminação de toxinas. Diminuição de fibroses, proporcionando remodelagem e uniformizando a textura tecidual. Promove uma maior maleabilidade tecidual.

Indicações:

-Extração de comedões,

-Diminuir aderências das cicatrizes – lesões antigas

- Diminuir fibrose

- Diminuir aderências das cicatrizes – lesões mais antigas

Contra Indicações:

- Pessoas com Estrias

- Pessoas com flacidez.

- Pós operatório imediato

- Problemas de pele- dermatite, CA,.

- Pessoas muito sensíveis-

Modo de aplicação:

Modo: óleo ou malha.

6. PRESSOTERAPIA:

É um recurso indispensável nos tratamentos corporais e pós-cirúrgicos, proporcionando a ativação da circulação de retorno, estimulando a reabsorção dos líquidos intersticiais e das toxinas retidas.

A pressoterapia possibilita a entrada do líquido intersticial nos vasos sangüíneos e conseqüentemente o aumento do volume de líquido circulante que aumentará a pressão arterial e que conseqüentemente com a aplicação da pressoterapia aumentará sobre os vasos e facilitará a drenagem linfática.

O recurso pode ser formado por câmaras independentes (pés, panturrilhas, coxas e abdome) que permitem uma melhor aplicabilidade, praticidade e higiene possibilitando uma drenagem cíclica seqüencial de modo que exercem uma série de pressões sincronizadas com um sentido centrípeto que é encarregado de realizar a drenagem.

De acordo com o caso clínico a ser tratado o recurso pode possuir três tipos de drenagem cíclica seqüenciada com bombeamentos distintos dependendo do objetivo. Os programas podem permitir selecionar o tipo de drenagem, o número de repetições (batimentos), o tempo de intervalo entre cada bombeamento, podendo ser ainda realizada uma drenagem associada a uma vibração, que permite uma sensação de relaxamento.

Indicação:

- Auxilia na Drenagem Linfática

Contra Indicações:

-Idem a Vacuoterapia

7. ELETROTERAPIA.

7.1 História:

- Na Grécia Antiga, no Império Romano, utilizava-se o efeito analgésico da descarga elétrica produzida por peixes elétricos.

- Nos anos de 1747 e 1748 um físico americano chamado Benjamim Franklin (1706-1790) formulou uma explicação para a eletrização dos materiais.

- Em 1786 Luigi Galvani estimulou os nervos e múculos de rãs com cargas elétricas..

- Humboldt chamou a corrente constante de “galvanismo”.

- Em 1833, Fabre- Palatrat iniciou o estudo da Iontoforese.

7.2 Conceitos da Física:

- Eletricidade: é uma forma de energia.

- Energia: capacidade de um sistema em efetuar trabalho.

Existem vários tipo de energia: Eletromagnética, elétrica, cinética, potencial.

- Corrente Elétrica : deslocamento de elétrons.

- Corrente Contínua: corrente elétrica unidirecional.

- Condutor Elétrico: substância que permite a passagem da eletricidade.

- Eletródo: condutor metálico por onde uma corrente elétrica entra num sistema e sai do mesmo.

- Íon: um átomo que perde a neutralidade, Istoé perdeu ou ganhou um elétron.

- Íons Positivos: cátions

- Ions Negativos: ânions

- Intensidade: quantidade de corrente elétrica que passa pelo condutor.

- Ampére (A): é a medida da intensidade. Um(1) ampére é a quantidade de 1 Coulomb ( +/- 6 trilhoes de elétrons) que passa por segundo numa seção do condutor.

- Princípios Elementares: Onda, Ciclo, Período, Freqüência .

- Freqüência: alta, média e baixa.

Classificação das correntes elétricas:

Quando estabelecemos uma corrente elétrica, que flui num único sentido, dizemos que essa corrente é contínua.

Quando estabelecemos uma corrente elétrica que flui, ora num sentido, ora em sentido contrário, dizemos que essa corrente é alternada.

i

i









Corrente contínua e constante, gerada por um circuito de controle de corrente



t


t













i



Caixa de texto: I n t en s I dade

1.


Período e Freqüência

Observe os dois exemplos a seguir:








t



Em ambos os casos existem configurações que se repetem a intervalos de tempos (T) iguais.

Quando isso ocorre, dizemos que a corrente elétrica possui uma forma de onda associada, periódica.

Chamamos de período (T) da corrente, ao tempo gasto para ocorrer uma oscilação completa.



Caixa de texto: T= TE + TR

Em correntes periódicas e intervaladas, o período (T) pode ser descrito pela relação:

TE: tempo de exposição. É o intervalo de tempo durante o qual a corrente está circulando.

TR: tempo de repouso. É o intervalo de tempo durante o qual a corrente não está circulando.

7.3 Conceitos Básicos da Química.

Classificação:

Íons positivos = cátions

Íons negativos = ânions

Linha:

Reações:

# Elétrons de igual polaridade se repelem.

# Elétrons de diferentes polaridades se atraem.

7.4 Iontoforese:

Neste recurso, uma fonte de corrente gera uma corrente contínua, constante e de baixa intensidade (corrente galvânica), que circula entre dois eletrodos condutores, transmitindo calor ao tecido dérmico e permitindo a penetração superficial de substâncias iônicas encontradas em produtos cosméticos (Silva, 1988).

Os elétrons se deslocam, em um único sentido e, devido a essa particularidade, é utilizada pela sua propriedade de deslocar íons.

Em condutores metálicos se estabelece um fluxo de elétrons que se movimentam do pólo negativo (onde há excesso de elétrons), em direção ao pólo positivo (onde há um déficit de elétrons). Os pólos mantêm-se fixos, ou seja, não mudam de sinal (positivo ou negativo).

Em condutores sólidos (metais e carbono) transporta energia numa direção única.

Em condutores líquidos ou eletrólitos ela transporta matéria, porque íons são átomos ou grupos de átomos com carga elétrica. Os íons têm um ou vários núcleos e, portanto tem massa e representam matéria.

Quando atravessa uma solução eletrolítica determina efeitos polares negativos e positivos, provocando um deslocamento de íons para os pólos de carga elétrica contrária.

Ao atravessar os tecidos do corpo humano produz efeitos físico-químicos cujos fundamentos se manifestam principalmente na dissociação molecular.

Cuidados:

- Cuidados com as substâncias utilizadas,

- Pode queimar o paciente,

- Na área de aplicação não pode ter lesão,

- Galvanismo Intra-oral: restaurações metálicas.

Contra-Indicações:

- Mesmas de qualquer corrente elétrica: gestantes, pacientes cardíaco.

- Quem usa aparelho ou tem placas metálicas no rosto.

Modo de aplicação:

- Ver qual a finalidade da substancia a ser aplicada.

- Cuidado com a polaridade dos íons e com os eletrodo.

7.5 Eletrolise:

É a depilação através da corrente galvânica. Para realizar esta técnica é necessário eletródo especial: agulha ou pinça.

Contra- Indicações:

- Mesmas de qualquer corrente elétrica.

Cuidado:

- Não deve ser feito em pelos muito próximo uns dos outros, para evitar cicatrizes.

- Pode queimar, pode deixar mancha e pode deixar cicatrizes.

7.6 Eletrolifting :

É a utilização da Corrente Galvânica para o tratamento de: rugas ou linhas de expressão.

Contra –Indicação

- Pessoas com tendência a quinóide

- Mesmas contra-indicações de qualquer corrente

Aplicação:

- O 1°procedimento deve ser efetuado sobre a pele: limpar o local com álcool ou com subst. Anticéptica.

- Intensidade= varia com a região e com o paciente. Técnica: não invasiva.

-Não efetuar tratamentos descongestionantes após o eletrolifting.

- Usar bloqueador solar após o termino da sessão.

- Não tomar sol.

7.7 Desencruste:

Nesta função, uma fonte de tensão contínua e constante, que circula entre dois eletrodos condutores, sendo um eletrodo móvel (jarra jacaré) e outro fixo (eletrodo passivo), permitindo a penetração superficial de substâncias iônicas encontradas em produtos cosméticos (soluções desincrustantes) (Silva, 1988).

Esses produtos cosméticos têm a propriedade de transformar a gordura superficialmente incrustada nos folículos pilosos, transformando-a em sabão. Essa reação é conhecida como saponificação.

O sabão produzido é posteriormente retirado, reutilizando-se a técnica descrita, invertendo-se a polaridade.

Como a atuação desta função é exclusivamente dérmica, não existe possibilidade de provocar estimulação neuromuscular.

Cuidado:

-Formas de eletrodos: Jacaré, Gancho metálico.

-Só e realizada em pele oleosa ou mista com tendência a oleosa.

-Aplicação não deve ser realizada diariamente.

- Cuidado : Pele com lesão, hipertrofia da glândula sebácea.

7.8 Alta freqüência:

Neste modo produz-se um pequeno centelhamento através da extremidade de um eletrodo de vidro, atingindo superficialmente a pele (Silva, 1988).

Como não é gerada nenhuma corrente, o efeito é meramente superficial, sendo incapaz de provocar estimulação neuromuscular.

Dois efeitos são observados na aplicação da técnica:

Térmico: o centelhamento faz com que uma discreta energia seja transferida para a pele. Ao absorver essa energia, a mesma é transformada em calor, provocando um pequeno aquecimento do tecido.

Químico: entre o eletrodo e o tecido o centelhamento passa, necessa­ria­­men­te, pelo ar. A passagem do centelhamento pelas moléculas de oxigênio provoca a formação do gás Ozônio, que é o oxigênio trivalente (O3) e tem propriedades que são úteis para aplicação.

Indicação:

-Após limpeza de pele,

- Após depilação,

- Auxilia na cicatrização

Eletródos:

- Cebolinha

- Cebolão

- Fulgurador

- Forquilha

- Pente

- Saturador

Aplicação:

- Aplicação direta sem afastamento ou fluxação. Não é indicado a utilização de cremes, gases ou papel nessa técnica.

- Aplicação direta com afastamento ou de Faiscamento direto.

7.9 Microcorrente:

Trata-se de um tipo de eletroestimulação que utiliza correntes baixa intensidade (micro-amperagem), baixa freqüência, podendo apresentar correntes contínuas ou alternadas.

Neste recurso, uma microcorrente pulsada e alternada, que circula através de dois eletrodos condutores, móveis, atua na derme, acelerando a síntese de ATP, síntese de proteínas e melhorando o mecanismo de transporte de membrana, conforme comprovado nos estudos histoquímicos registrados em Cheng et al (1982), que demonstram aumento na geração de ATP da ordem de 500% e um incremento no transporte de aminoácidos da ordem de 30-40%.

Pelo aumento da produtividade dos fibroblastos, aumenta a síntese das fibras de colágeno, elásticas e reticulares. Isto provoca uma aceleração da regeneração celular.

Uma microcorrente pode ser projetada com variações de freqüências cujos valores podem ser: 300Hz, 400Hz, 500Hz e 600Hz, para atuar em todos os tipos de peles a ser aplicada.

Ação fisiológica das microcorrentes

- Aumento da produção de ATP local:

- Aumenta a circulação local- oxigênio. Faz com que o músculo tenha um boa tonicidade.

- Aumenta o transporte ativo de membranas:

-A energia liberada pelo ATP, e o aumenta o transporte ativo de aminoácidos e aumenta a síntese de proteínas.

Contra- Indicações:

- Mesmas de qualquer corrente elétrica.

7.10 Corrente Russa:

Corrente Alternada interrompida com freqüência de 2.500 Hertz, modulada por uma freqüência de batimento de 50 Hz.

É uma corrente alternada interrompida com freqüência de 2500Hz, que pode ser modulada de acordo com o objetivo. Sua modulação é de 50Hz.

Algumas características da corrente "Russa"

- É uma corrente excitomotora de média freqüência. Sua freqüência está fixada em 2500 Hz uma vez que a despolarização máxima do nervo motor ocorre nesta freqüência.

- É uma corrente de efeito de profundidade, pois atinge estruturas teciduais profundas.

- É uma corrente modulada em baixa freqüência, despolarizada, alternada, interrompida e seletiva.

- Despolarizada, pois não apresenta pólos definidos sendo ora negativa, ora positiva. Por causa disto não ocorre o deslocamento de íons, podendo ser utilizada por mais tempo.

- Seletiva, porque podemos modular em baixa freqüência, trabalhando tanto as fibras vermelhas quanto as brancas, dependendo da freqüência utilizada.

- As unidades motoras tônicas são compostas por fibras musculares vermelhas ricas em capilares e resistentes à fadiga.

- As unidades motoras fásicas são constituídas por fibras brancas pobres em capilares e não resistentes à fadiga.

-

Indicação:

Auxilia o fortalecimento muscular

Auxiliar na drenagem linfática. ATENÇÃO!!

Contra –indicações:

# Marcapassos,

# Pacientes cardíacos- Problemas Respiratórios,

# Gestantes,

# Não estimular seios carotídeos, –reflexo vago-vagais

# Não Estimular pescoço e boca- espasmos dos músculos laríngeos e faríngeos,

# Lesões Musculares Agudas e Tendinosas,

# Pacientes neurológicos –tônus alterados,

ELETROTERMOTERAPIA

1-TERMOTERAPIA.

1.1 Definição:

A termoterapia é a aplicação de agentes térmicos (frios ou quentes) com finalidade terapêutica. O aquecimento ou resfriamento de um tecido vai depender da natureza do tecido, localização deste tecido e do tipo de agente físico utilizado. De modo geral aplicação do calor levam os tecido a temperatura de 40°C, sendo que a partir de 45°C pode haver lesão. O mesmo pode ocorrer com o resfriamento do tecido.

Vale lembrar: cada pessoa possui uma sensibilidade térmica única, que varia de acordo com sua experiência de vida e cultura.

1.2 História:

- O homem primitivo procura se expor ao sol para receber seu calor benéfico e efeitos vitalizantes. Sem nenhum tipo de conhecimento, apenas com a capacidade de observação o homem banhou um ferimento em água para curar e friccionou o músculo contundido para aliviar a dor.

- Hipócrates(460-375 a.C), que preconizava o uso da água tanto para a cura como para a recreacional. O “pai da medicina”, Hipocrates, considerava a doença um distúrbio do corpo e a cura era o restabelecimento do equilíbrio do corpo; a qual se conquistava através da água, da vida saudável, da luz, dieta, massagem e tranqüilidade psíquica. O pai da Medicina utilizou a água fria para dores articulares, processos inflamatórios e contraturas musculares. A água do mar era utilizada para erupções cutâneas, feridas simples e chagas não infectadas.

- Na Idade Média da Europa Ocidental o culto do corpo e os cuidados com a higiene foram abandonados, os conhecimentos adquiridos ficaram fechados dentro dos monastérios.

1.3 Divisão:

# Quanto a profundidade e a ação: superficial e profunda.

# Quanto a sensação térmica: Hipertermoterapia e Hipotermoterapia.

1.5 Termodinâmica:

# A termodinâmica estuda as relações entre as quantidades de calor trocadas e os trabalhos realizados em um processo físico envolvendo um corpo ou um sistema de corpos.

# Calor é definido como uma sensação que se experimenta em ambiente aquecido (pelo sol ou artificialmente), ou junto de um objeto quente ou que se aquece (Aurélio, 2000).

# Na Física o Calor é a energia térmica em trânsito, isto é, a energia transferida de um corpo para outro quando existe diferença de temperatura entre eles.

- Temperatura é a medida do grau de agitação das moléculas de um corpo, ou seja, do nível de calor.

- Os conceitos de morno, quente, frio e gelados são sensações transmitidas aos nossos sentidos e variam de uma pessoa para outra dependendo da sensibilidade de cada pessoa.

1.6 Fisiologia Humana:

A temperatura corporal representa um equilíbrio entre o calor produzido ou adquirido pelo corpo, e a quantidade perdida. Sendo os humanos de sangue quente, ou homeotérmicos, a temperatura corporal permanece relativamente constante, 36,5°C para adultos. O sistema termo-regulador é responsável pela manutenção da temperatura corporal interna constante.

1.7 Propagação do Calor:
















1.8 A aplicação de calor apresenta os seguintes efeitos locais:

· Vasodilatação,

· Aumento da taxa de metabolismo local,

· Aumenta a extensibilidade do colágeno,

· Diminui o espasmo muscular.

1.9 Indicações para o uso do calor:

· Alivio da dor,

· Relaxamento,

1.10 Contra-Indicações para o uso do calor:

· Perda se sensibilidade ou anestesia,

· Estados febris,

· Inflamação aguda,

· Processos infecciosos.

1.11 Aplicação:

· Vai depender do objetivo da aplicação dos agentes térmicos ( frio ou quente)

· Da área a ser tratada,

2. HIPERTERMOTERAPIA

2.1 Manta Térmica

Existem vários tamanhos (30x39cm, ou 0,70 x 1,40m) e modelos de Mantas Térmicas, o importante que tenha um termostato (IMPORTANTE), isso oferece para paciente e para o terapeuta segurança. A temperatura de uma Manta pode várias entre 40 a 80 °C.

· Precauções e Orientações:

- Cuidar com os produtos que irão ser aplicados: alergia.

- Nunca deixe a Manta ligada e dobrada, pois o revestimento plástico pode fundir-se provocando um superaquecimento;

· Indicações:

-Ver efeitos do calor local - n° 1.8

· Contra-Indicações:

- Ver Contra Indicação do uso do calor – n 1.10

2.2 Compressas Quentes

Existem várias de aplicar as compressas quentes:

-Toalhas Úmidas

-Bolsas de água quente

- Bolsas de gel

· Indicações:

-Ver efeitos do calor local - n° 1.8

· Contra-Indicações:

-Ver Contra Indicação do uso do calor – n 1.10.

· Aplicação:

- Vai depender do objetivo da aplicação dos agentes térmicos

- Da área a ser tratada:

Exemplos:

- Tratamento Corporal – Manta térmica-

- Tratamento Corporal – Compressa Quente-

- Tratamento Facial – Manta Térmica-

3.3 Vaporizadores de Ozônio

É um aparelho elétrico que permite uma projeção do vapor da água com adução de ozônio.

Efeitos fisiológicos e ações:

- Vasodilatação-

- Dilatação do óstios foliculares (poros)

- Efeito bacteriostático

Indicação

-Limpeza de pele:

- Hidratação

Contra- indicações:

-Perda de Sensibilidade

- Alergia

3. HIPOTERMOTERAPIA

Knight (2000), define crioterapia como "terapia com frio" a aplicação terapêutica de qualquer substância ao corpo que resulte em remoção do calor corporal, diminuindo, assim a temperatura dos tecidos.

As primeiras utilizações do frio com neve e gelo natural foram feitas pelos antigos Gregos e Romanos para tratar uma variedade de problemas médicos. Muitos livros antigos foram escritos sobre a crioterapia no inicio do século XIX e, em 1835, a aplicação de compressas geladas em ferimentos inflamados era bastante popular

A ordem de sensações, quando aplica-se o gelo é: formigamento, cócegas, frio, dor e perda da sensação tátil ( Guirro e Guirro, 2002).

· Indicações de tratamento pelo frio.

- Após traumatismo e inflamação aguda.

Obs:

- Redução de edema: compressão mecânica .

- Analgesia: adaptação do receptor

· Contra - Indicações do tratamento pelo frio.

- Ferimento aberto,

- Alergia,

- Hipersensibilidade ao frio,

- Pele com pouca sensibilidade ou anestesiada,

- Intolerância ao frio,

- Alguns problemas de saúde,

- Cuidado! O Frio também queima!

3.1 Compressas Frias:

As compressas frias podem ser aplicadas no corpo por meio de quatro técnicas:

- Bolsas plásticas com gelo Moído:

Evitar que a bolsa fique muito cheia de gelo, pois ela deve ser moldada no corpo.

A área da lesão deve ser toda coberta (1 bolsa de gelo ou mais). Fixar com a ajuda de uma faixa elástica

- Bolsas reutilizáveis de gel frio:

- Unidade de terapia de frio compressivo (TFC)

- Compressões frias químicas (frio é produzido por uma reação química).

3.2 Bandagem Fria:

A bandagem fria consiste na aplicação de um gel, cuja base substâncias que promovem o resfriamento dos tecidos superficiais, seguidos ou não da colocação da faixa de algodão ou crepe embebidos em soluções. O enfaixamento proporciona uma melhor qualidade no resfriamento e mantém a área resfriada por um período maior.

· Cuidados Especiais:

- Não se deve tomar banho até três horas após a aplicação.

- Não se deve cobrir a área tratada.

- Não enfaixar a área lesada.

· Contra – Indicações:

- Pacientes portadores de distúrbios gástricos ou intestinais,

- Presença de lesões na área a ser tratada,

- Após as refeições no caso de bandagens abdominais.

4. ULTRA-SOM:

É uma forma de energia mecânica que consiste de vibrações de alta freqüência, obtida aplicando-se tensão elétrica oscilante, conveniente, sobre um transdutor que é projetado para expandir-se e contrair-se (efeito piezelétrico) na mesma freqüência que a tensão elétrica aplicada. Desta forma são geradas as ondas ultra-sônicas longitudinais que provocam oscilações nas partículas no meio onde se propagam.

As freqüências das ondas ultra-sônicas variam de 20.000 a 20.000.000 de ciclos, as quais são inaudíveis ao ouvido humano.

As freqüências terapêuticas podem variar de 1MHz (US fisioterápico), 3MHz e 5MHz (US estético).

O aumento da freqüência do US resulta num aumento do atrito das partículas no meio onde está inserido e conseqüentemente gerando um maior efeito térmico em tecidos superficiais acarretando numa maior absorção nos mesmos. Este caráter térmico superficial deve-se à diminuição do comprimento de onda que é inversamente proporcional ao aumento da freqüência da onda.

Devido à diminuição do comprimento de onda e o aumento da temperatura e taxa de absorção em tecidos superficiais decorrentes do aumento da freqüência, obtemos uma diminuição da efetividade de penetração em tecidos profundos.

Quanto maior for à freqüência, menor sua profundidade de atuação e menor deve ser a intensidade aplicada.

Regime de emissão contínua:

As ondas sônicas são contínuas, sem modulação de amplitude, onde se busca o somatório dos efeitos térmicos e efeitos mecânicos (alteração da pressão e micro-massagem).

Na terapia por US contínuo a energia emitida pelo transdutor produz um contínuo incremento no aquecimento dos tecidos.

Regime de emissão pulsada:

As ondas sônicas pulsadas possuem modulação em amplitude com freqüência de 16 a 100 Hz. O uso de US pulsando resulta numa redução média do aquecimento dos tecidos, porém conservando mesmo nível instantâneo de estimulação mecânica no tecido, isto permite o aumento dos efeitos não térmicos do US nos tecidos (Summer & Patrick de 1964).

Relação

Duração

Repouso

25%

2ms

8ms

50%

5ms

5ms

75%

8ms

2ms

A porcentagem de 25%, 50% e 75% é referente ao ciclo de trabalho que pode ser variado. Quanto menor o tempo de pulso, menor o calor produzido.

Efeitos físicos

Quando o US penetra no corpo, exerce um efeito sobre as células e tecidos mediante dois mecanismos físicos: térmico, atérmico.

Efeito Térmico:

Quando a onda de US desloca-se através dos tecidos, uma parte dela é absorvida, gerando calor dentro deste tecido.

A quantidade de absorção depende da natureza do tecido, seu grau de vascularização e da freqüência do US (Guirro, 2002).

Tecidos com elevado conteúdo protéico absorvem mais rapidamente que o com maior conteúdo de gordura.

Para Dyson, para se obter efeitos terapêuticos através do aquecimento, sem lesão, a temperatura do tecido tem que se manter entre 40 e 45ºC por aproximadamente 5 minutos.

Esta temperatura produz um temporário aumento da extensibilidade de estruturas colágenas, aumento da circulação sanguínea e outros.

O efeito térmico é relatado somente nas intensidades superiores a 1w/cm² e no modo contínuo.

Efeito Atérmico:

Consiste na produção de efeitos terapeuticamente significativos sem o envolvimento de uma temperatura expressiva.

Esses efeitos classificam-se em: estimulação da regeneração dos tecidos, reparo do tecido mole, fluxo sanguíneo em tecidos cronicamente isquêmicos, síntese de proteínas (Kitchen et al, 1998).

Outros mecanismos estão envolvidos na produção deste efeito atérmico, como: cavitação, corrente acústica e ondas estacionárias.

Cavitação:

O termo descreve a formação de cavidades ou bolhas no meio líquido, contendo variáveis de gás ou vapor (Guirro, 2002).

Pode ser classificada em:

• cavitação estável;

• cavitação instável ou transiente

Cavitação Estável:

É uma forma pouco agressiva, estando associada com a vibração dos corpos gasosos que oscilam geralmente de forma não-linear. Quando tais oscilações estão estabilizadas, as bolhas de gás produzem um fluxo ou ondulações no meio, conhecidas como microondulações acústicas ou correntes acústicas.

Esse fenômeno pode resultar em alterações terapeuticamente vantajosas, como o: aumento da síntese protéica, aumento da secreção dos mastócitos, aumento da absorção do Ca+, aumento da produção pelos fatores de crescimento pelos macrófagos, alteração na mobilidade dos fibroblastos.

Cavitação Instável:

Ocorre quando há uma violenta implosão de bolhas, se o pico da intensidade for suficientemente alto.

O colapso dessas bolhas libera energia que pode romper as ligações moleculares, provocando a produção de radicais livres, íons hidrogênio e íons hidroxila, altamente reativos.

Essa reação ocorre quando há presença de ondas estacionárias (superposição de ondas). Para evitar essa reação é importante a constante movimentação do cabeçote transdutor durante a aplicação.

Restrições e contra-indicações:

• Útero gravídico e gônadas;

• Tumores e lesões cancerosas;

• Anormalidades vasculares, por exemplo TVP, êmbolos, aterosclerose;

• Infecções agudas;

• Área cardíaca;

• Olho;

• Hemofílico não cuidado pela reposição do fator;

• Área sobre saliências ósseas subcutâneas;

• Placas epifisárias;

• Medula espinhal após laminectomia;

• Grandes nervos subcutâneos;

• Crânio;

• Áreas anestésicas.

Cuidados especiais

Não ultrapassar a dosagem. Não deixar o cabeçote parado sobre um local durante a terapia.

Não deixe o cabeçote vibrar no ar enquanto ligado, pois isso danificará seu cristal.

Não deixe o cabeçote cair no chão, pois poderá danificá-lo, principalmente seu cristal.

Entre um paciente e outro limpe bem o cabeçote, eliminando o resto do gel. Para desinfecção do cabeçote, use um pano limpo umedecido com álcool.

Para evitar um contato direto pode ser colocado um preservativo no cabeçote, de forma que o mesmo fique bem adaptado e não contenha ar sobre a superfície de aplicação.


5. VACUOTERAPIA

Esta técnica vem sendo pesquisada na década de 90 pelos franceses que apelidaram "palper-roler" e posteriormente ficou conhecida como endermologia. A vacuoterapia usa um sistema de rolos e vácuos que suavemente efetua uma massagem profunda, com atuação principalmente no sistema linfático onde as toxinas e líquidos anormais são expelidos das fibras musculares e absorvidos pelo metabolismo. As fibras do tecido conectivo são alongadas dando um contorno corporal mais definido e a ação colágeno é restaurada. A vacuoterapia ao contrário da lipoaspiração não é invasiva, podendo conjugar-se a lipoaspiração quando necessário.

A vacuoterapia tem como campo de atuação os sistemas circulatórios e preferencialmente o sistema linfático nos planos profundos e superficiais. Seu papel principal é restabelecer o equilíbrio hídrico dos tecidos e conseqüentemente a absorção (eliminação de toxinas), o que leva um maior fluxo de nutrientes sangüíneos e um aumento de oxigenação e renovação celular, melhorando a qualidade das fibras musculares.

Estas transformações ocorrem graças à sucção gerada por um mini compressor elétrico, transmitida a um bocal.

Indicação:

1. Melhora na circulação sangüínea;

2. Após imobilização;

3. Celulite;

4. Tensão;

5. Relaxamento;

6. Pré e pós-cirúrgico;

7. Adiposidade.

Contra indicações da utilização da depressomassagem

1. Sobre ferimentos;

2. Áreas com equimose/hematomas;

3. Erupções na pele;

4. Artrite, artrose, reumatismo;

5. Renal crônico;

6. Flebites;

7. Neoplasias;

8. Trombose;

9. Gravidez (na área do abdômen);

Número de sessões:

O número de sessões deste equipamento é ilimitado, porém para que os efeitos possam surgir, é necessário um programa de 10 a 15 sessões podendo estender-se até 20 sessões dependendo do caso. É Ideal que seja realizada 2 a 3 sessões por semana. Mais que 3 sessões não significa que os resultados serão melhores que os outros.

Endermologia

Trata-se de uma técnica de tratamento que engloba equipamentos específicos (daí suas diferentes denominações), baseados na sucção (pressão negativa), acrescida de uma mobilização tecidual positiva efetuadas por rolos localizados no cabeçote de aplicação, produzindo uma mobilização profunda da pele e tela subcutânea, permitindo um incremento na circulação sanguínea superficial.

Possui as seguintes funções:

Hipervascularização: mobiliza o sangue dos capilares cutâneos, melhora o trofismo do vaso sanguíneo e favorece a alimentação celular.

Desfibramento: atua na melhora do trofismo e age na reestruturação do tecido conjuntivo, com entrada de enzimas e de elementos nutritivos e a eliminação de toxinas. Diminuição de fibroses, proporcionando remodelagem e uniformizando a textura tecidual. Promove uma maior maleabilidade tecidual.

Indicações:

-Extração de comedões,

-Diminuir aderências das cicatrizes – lesões antigas

- Diminuir fibrose

- Diminuir aderências das cicatrizes – lesões mais antigas

Contra Indicações:

- Pessoas com Estrias

- Pessoas com flacidez.

- Pós operatório imediato

- Problemas de pele- dermatite, CA,.

- Pessoas muito sensíveis-

Modo de aplicação:

Modo: óleo ou malha.

6. PRESSOTERAPIA:

É um recurso indispensável nos tratamentos corporais e pós-cirúrgicos, proporcionando a ativação da circulação de retorno, estimulando a reabsorção dos líquidos intersticiais e das toxinas retidas.

A pressoterapia possibilita a entrada do líquido intersticial nos vasos sangüíneos e conseqüentemente o aumento do volume de líquido circulante que aumentará a pressão arterial e que conseqüentemente com a aplicação da pressoterapia aumentará sobre os vasos e facilitará a drenagem linfática.

O recurso pode ser formado por câmaras independentes (pés, panturrilhas, coxas e abdome) que permitem uma melhor aplicabilidade, praticidade e higiene possibilitando uma drenagem cíclica seqüencial de modo que exercem uma série de pressões sincronizadas com um sentido centrípeto que é encarregado de realizar a drenagem.

De acordo com o caso clínico a ser tratado o recurso pode possuir três tipos de drenagem cíclica seqüenciada com bombeamentos distintos dependendo do objetivo. Os programas podem permitir selecionar o tipo de drenagem, o número de repetições (batimentos), o tempo de intervalo entre cada bombeamento, podendo ser ainda realizada uma drenagem associada a uma vibração, que permite uma sensação de relaxamento.

Indicação:

- Auxilia na Drenagem Linfática

Contra Indicações:

-Idem a Vacuoterapia

7. ELETROTERAPIA.

7.1 História:

- Na Grécia Antiga, no Império Romano, utilizava-se o efeito analgésico da descarga elétrica produzida por peixes elétricos.

- Nos anos de 1747 e 1748 um físico americano chamado Benjamim Franklin (1706-1790) formulou uma explicação para a eletrização dos materiais.

- Em 1786 Luigi Galvani estimulou os nervos e múculos de rãs com cargas elétricas..

- Humboldt chamou a corrente constante de “galvanismo”.

- Em 1833, Fabre- Palatrat iniciou o estudo da Iontoforese.

7.2 Conceitos da Física:

- Eletricidade: é uma forma de energia.

- Energia: capacidade de um sistema em efetuar trabalho.

Existem vários tipo de energia: Eletromagnética, elétrica, cinética, potencial.

- Corrente Elétrica : deslocamento de elétrons.

- Corrente Contínua: corrente elétrica unidirecional.

- Condutor Elétrico: substância que permite a passagem da eletricidade.

- Eletródo: condutor metálico por onde uma corrente elétrica entra num sistema e sai do mesmo.

- Íon: um átomo que perde a neutralidade, Istoé perdeu ou ganhou um elétron.

- Íons Positivos: cátions

- Ions Negativos: ânions

- Intensidade: quantidade de corrente elétrica que passa pelo condutor.

- Ampére (A): é a medida da intensidade. Um(1) ampére é a quantidade de 1 Coulomb ( +/- 6 trilhoes de elétrons) que passa por segundo numa seção do condutor.

- Princípios Elementares: Onda, Ciclo, Período, Freqüência .

- Freqüência: alta, média e baixa.

Classificação das correntes elétricas:

Quando estabelecemos uma corrente elétrica, que flui num único sentido, dizemos que essa corrente é contínua.

Quando estabelecemos uma corrente elétrica que flui, ora num sentido, ora em sentido contrário, dizemos que essa corrente é alternada.

i

i









Corrente contínua e constante, gerada por um circuito de controle de corrente



t


t













i



Caixa de texto: I n t en s I dade

1.


Período e Freqüência

Observe os dois exemplos a seguir:








t



Em ambos os casos existem configurações que se repetem a intervalos de tempos (T) iguais.

Quando isso ocorre, dizemos que a corrente elétrica possui uma forma de onda associada, periódica.

Chamamos de período (T) da corrente, ao tempo gasto para ocorrer uma oscilação completa.



Caixa de texto: T= TE + TR

Em correntes periódicas e intervaladas, o período (T) pode ser descrito pela relação:

TE: tempo de exposição. É o intervalo de tempo durante o qual a corrente está circulando.

TR: tempo de repouso. É o intervalo de tempo durante o qual a corrente não está circulando.

7.3 Conceitos Básicos da Química.

Classificação:

Íons positivos = cátions

Íons negativos = ânions

Linha:

Reações:

# Elétrons de igual polaridade se repelem.

# Elétrons de diferentes polaridades se atraem.

7.4 Iontoforese:

Neste recurso, uma fonte de corrente gera uma corrente contínua, constante e de baixa intensidade (corrente galvânica), que circula entre dois eletrodos condutores, transmitindo calor ao tecido dérmico e permitindo a penetração superficial de substâncias iônicas encontradas em produtos cosméticos (Silva, 1988).

Os elétrons se deslocam, em um único sentido e, devido a essa particularidade, é utilizada pela sua propriedade de deslocar íons.

Em condutores metálicos se estabelece um fluxo de elétrons que se movimentam do pólo negativo (onde há excesso de elétrons), em direção ao pólo positivo (onde há um déficit de elétrons). Os pólos mantêm-se fixos, ou seja, não mudam de sinal (positivo ou negativo).

Em condutores sólidos (metais e carbono) transporta energia numa direção única.

Em condutores líquidos ou eletrólitos ela transporta matéria, porque íons são átomos ou grupos de átomos com carga elétrica. Os íons têm um ou vários núcleos e, portanto tem massa e representam matéria.

Quando atravessa uma solução eletrolítica determina efeitos polares negativos e positivos, provocando um deslocamento de íons para os pólos de carga elétrica contrária.

Ao atravessar os tecidos do corpo humano produz efeitos físico-químicos cujos fundamentos se manifestam principalmente na dissociação molecular.

Cuidados:

- Cuidados com as substâncias utilizadas,

- Pode queimar o paciente,

- Na área de aplicação não pode ter lesão,

- Galvanismo Intra-oral: restaurações metálicas.

Contra-Indicações:

- Mesmas de qualquer corrente elétrica: gestantes, pacientes cardíaco.

- Quem usa aparelho ou tem placas metálicas no rosto.

Modo de aplicação:

- Ver qual a finalidade da substancia a ser aplicada.

- Cuidado com a polaridade dos íons e com os eletrodo.

7.5 Eletrolise:

É a depilação através da corrente galvânica. Para realizar esta técnica é necessário eletródo especial: agulha ou pinça.

Contra- Indicações:

- Mesmas de qualquer corrente elétrica.

Cuidado:

- Não deve ser feito em pelos muito próximo uns dos outros, para evitar cicatrizes.

- Pode queimar, pode deixar mancha e pode deixar cicatrizes.

7.6 Eletrolifting :

É a utilização da Corrente Galvânica para o tratamento de: rugas ou linhas de expressão.

Contra –Indicação

- Pessoas com tendência a quinóide

- Mesmas contra-indicações de qualquer corrente

Aplicação:

- O 1°procedimento deve ser efetuado sobre a pele: limpar o local com álcool ou com subst. Anticéptica.

- Intensidade= varia com a região e com o paciente. Técnica: não invasiva.

-Não efetuar tratamentos descongestionantes após o eletrolifting.

- Usar bloqueador solar após o termino da sessão.

- Não tomar sol.

7.7 Desencruste:

Nesta função, uma fonte de tensão contínua e constante, que circula entre dois eletrodos condutores, sendo um eletrodo móvel (jarra jacaré) e outro fixo (eletrodo passivo), permitindo a penetração superficial de substâncias iônicas encontradas em produtos cosméticos (soluções desincrustantes) (Silva, 1988).

Esses produtos cosméticos têm a propriedade de transformar a gordura superficialmente incrustada nos folículos pilosos, transformando-a em sabão. Essa reação é conhecida como saponificação.

O sabão produzido é posteriormente retirado, reutilizando-se a técnica descrita, invertendo-se a polaridade.

Como a atuação desta função é exclusivamente dérmica, não existe possibilidade de provocar estimulação neuromuscular.

Cuidado:

-Formas de eletrodos: Jacaré, Gancho metálico.

-Só e realizada em pele oleosa ou mista com tendência a oleosa.

-Aplicação não deve ser realizada diariamente.

- Cuidado : Pele com lesão, hipertrofia da glândula sebácea.

7.8 Alta freqüência:

Neste modo produz-se um pequeno centelhamento através da extremidade de um eletrodo de vidro, atingindo superficialmente a pele (Silva, 1988).

Como não é gerada nenhuma corrente, o efeito é meramente superficial, sendo incapaz de provocar estimulação neuromuscular.

Dois efeitos são observados na aplicação da técnica:

Térmico: o centelhamento faz com que uma discreta energia seja transferida para a pele. Ao absorver essa energia, a mesma é transformada em calor, provocando um pequeno aquecimento do tecido.

Químico: entre o eletrodo e o tecido o centelhamento passa, necessa­ria­­men­te, pelo ar. A passagem do centelhamento pelas moléculas de oxigênio provoca a formação do gás Ozônio, que é o oxigênio trivalente (O3) e tem propriedades que são úteis para aplicação.

Indicação:

-Após limpeza de pele,

- Após depilação,

- Auxilia na cicatrização

Eletródos:

- Cebolinha

- Cebolão

- Fulgurador

- Forquilha

- Pente

- Saturador

Aplicação:

- Aplicação direta sem afastamento ou fluxação. Não é indicado a utilização de cremes, gases ou papel nessa técnica.

- Aplicação direta com afastamento ou de Faiscamento direto.

7.9 Microcorrente:

Trata-se de um tipo de eletroestimulação que utiliza correntes baixa intensidade (micro-amperagem), baixa freqüência, podendo apresentar correntes contínuas ou alternadas.

Neste recurso, uma microcorrente pulsada e alternada, que circula através de dois eletrodos condutores, móveis, atua na derme, acelerando a síntese de ATP, síntese de proteínas e melhorando o mecanismo de transporte de membrana, conforme comprovado nos estudos histoquímicos registrados em Cheng et al (1982), que demonstram aumento na geração de ATP da ordem de 500% e um incremento no transporte de aminoácidos da ordem de 30-40%.

Pelo aumento da produtividade dos fibroblastos, aumenta a síntese das fibras de colágeno, elásticas e reticulares. Isto provoca uma aceleração da regeneração celular.

Uma microcorrente pode ser projetada com variações de freqüências cujos valores podem ser: 300Hz, 400Hz, 500Hz e 600Hz, para atuar em todos os tipos de peles a ser aplicada.

Ação fisiológica das microcorrentes

- Aumento da produção de ATP local:

- Aumenta a circulação local- oxigênio. Faz com que o músculo tenha um boa tonicidade.

- Aumenta o transporte ativo de membranas:

-A energia liberada pelo ATP, e o aumenta o transporte ativo de aminoácidos e aumenta a síntese de proteínas.

Contra- Indicações:

- Mesmas de qualquer corrente elétrica.

7.10 Corrente Russa:

Corrente Alternada interrompida com freqüência de 2.500 Hertz, modulada por uma freqüência de batimento de 50 Hz.

É uma corrente alternada interrompida com freqüência de 2500Hz, que pode ser modulada de acordo com o objetivo. Sua modulação é de 50Hz.

Algumas características da corrente "Russa"

- É uma corrente excitomotora de média freqüência. Sua freqüência está fixada em 2500 Hz uma vez que a despolarização máxima do nervo motor ocorre nesta freqüência.

- É uma corrente de efeito de profundidade, pois atinge estruturas teciduais profundas.

- É uma corrente modulada em baixa freqüência, despolarizada, alternada, interrompida e seletiva.

- Despolarizada, pois não apresenta pólos definidos sendo ora negativa, ora positiva. Por causa disto não ocorre o deslocamento de íons, podendo ser utilizada por mais tempo.

- Seletiva, porque podemos modular em baixa freqüência, trabalhando tanto as fibras vermelhas quanto as brancas, dependendo da freqüência utilizada.

- As unidades motoras tônicas são compostas por fibras musculares vermelhas ricas em capilares e resistentes à fadiga.

- As unidades motoras fásicas são constituídas por fibras brancas pobres em capilares e não resistentes à fadiga.

-

Indicação:

Auxilia o fortalecimento muscular

Auxiliar na drenagem linfática. ATENÇÃO!!

Contra –indicações:

# Marcapassos,

# Pacientes cardíacos- Problemas Respiratórios,

# Gestantes,

# Não estimular seios carotídeos, –reflexo vago-vagais

# Não Estimular pescoço e boca- espasmos dos músculos laríngeos e faríngeos,

# Lesões Musculares Agudas e Tendinosas,

# Pacientes neurológicos –tônus alterados,

ELETROTERMOTERAPIA

1-TERMOTERAPIA.

1.1 Definição:

A termoterapia é a aplicação de agentes térmicos (frios ou quentes) com finalidade terapêutica. O aquecimento ou resfriamento de um tecido vai depender da natureza do tecido, localização deste tecido e do tipo de agente físico utilizado. De modo geral aplicação do calor levam os tecido a temperatura de 40°C, sendo que a partir de 45°C pode haver lesão. O mesmo pode ocorrer com o resfriamento do tecido.

Vale lembrar: cada pessoa possui uma sensibilidade térmica única, que varia de acordo com sua experiência de vida e cultura.

1.2 História:

- O homem primitivo procura se expor ao sol para receber seu calor benéfico e efeitos vitalizantes. Sem nenhum tipo de conhecimento, apenas com a capacidade de observação o homem banhou um ferimento em água para curar e friccionou o músculo contundido para aliviar a dor.

- Hipócrates(460-375 a.C), que preconizava o uso da água tanto para a cura como para a recreacional. O “pai da medicina”, Hipocrates, considerava a doença um distúrbio do corpo e a cura era o restabelecimento do equilíbrio do corpo; a qual se conquistava através da água, da vida saudável, da luz, dieta, massagem e tranqüilidade psíquica. O pai da Medicina utilizou a água fria para dores articulares, processos inflamatórios e contraturas musculares. A água do mar era utilizada para erupções cutâneas, feridas simples e chagas não infectadas.

- Na Idade Média da Europa Ocidental o culto do corpo e os cuidados com a higiene foram abandonados, os conhecimentos adquiridos ficaram fechados dentro dos monastérios.

1.3 Divisão:

# Quanto a profundidade e a ação: superficial e profunda.

# Quanto a sensação térmica: Hipertermoterapia e Hipotermoterapia.

1.5 Termodinâmica:

# A termodinâmica estuda as relações entre as quantidades de calor trocadas e os trabalhos realizados em um processo físico envolvendo um corpo ou um sistema de corpos.

# Calor é definido como uma sensação que se experimenta em ambiente aquecido (pelo sol ou artificialmente), ou junto de um objeto quente ou que se aquece (Aurélio, 2000).

# Na Física o Calor é a energia térmica em trânsito, isto é, a energia transferida de um corpo para outro quando existe diferença de temperatura entre eles.

- Temperatura é a medida do grau de agitação das moléculas de um corpo, ou seja, do nível de calor.

- Os conceitos de morno, quente, frio e gelados são sensações transmitidas aos nossos sentidos e variam de uma pessoa para outra dependendo da sensibilidade de cada pessoa.

1.6 Fisiologia Humana:

A temperatura corporal representa um equilíbrio entre o calor produzido ou adquirido pelo corpo, e a quantidade perdida. Sendo os humanos de sangue quente, ou homeotérmicos, a temperatura corporal permanece relativamente constante, 36,5°C para adultos. O sistema termo-regulador é responsável pela manutenção da temperatura corporal interna constante.

1.7 Propagação do Calor:
















1.8 A aplicação de calor apresenta os seguintes efeitos locais:

· Vasodilatação,

· Aumento da taxa de metabolismo local,

· Aumenta a extensibilidade do colágeno,

· Diminui o espasmo muscular.

1.9 Indicações para o uso do calor:

· Alivio da dor,

· Relaxamento,

1.10 Contra-Indicações para o uso do calor:

· Perda se sensibilidade ou anestesia,

· Estados febris,

· Inflamação aguda,

· Processos infecciosos.

1.11 Aplicação:

· Vai depender do objetivo da aplicação dos agentes térmicos ( frio ou quente)

· Da área a ser tratada,

2. HIPERTERMOTERAPIA

2.1 Manta Térmica

Existem vários tamanhos (30x39cm, ou 0,70 x 1,40m) e modelos de Mantas Térmicas, o importante que tenha um termostato (IMPORTANTE), isso oferece para paciente e para o terapeuta segurança. A temperatura de uma Manta pode várias entre 40 a 80 °C.

· Precauções e Orientações:

- Cuidar com os produtos que irão ser aplicados: alergia.

- Nunca deixe a Manta ligada e dobrada, pois o revestimento plástico pode fundir-se provocando um superaquecimento;

· Indicações:

-Ver efeitos do calor local - n° 1.8

· Contra-Indicações:

- Ver Contra Indicação do uso do calor – n 1.10

2.2 Compressas Quentes

Existem várias de aplicar as compressas quentes:

-Toalhas Úmidas

-Bolsas de água quente

- Bolsas de gel

· Indicações:

-Ver efeitos do calor local - n° 1.8

· Contra-Indicações:

-Ver Contra Indicação do uso do calor – n 1.10.

· Aplicação:

- Vai depender do objetivo da aplicação dos agentes térmicos

- Da área a ser tratada:

Exemplos:

- Tratamento Corporal – Manta térmica-

- Tratamento Corporal – Compressa Quente-

- Tratamento Facial – Manta Térmica-

3.3 Vaporizadores de Ozônio

É um aparelho elétrico que permite uma projeção do vapor da água com adução de ozônio.

Efeitos fisiológicos e ações:

- Vasodilatação-

- Dilatação do óstios foliculares (poros)

- Efeito bacteriostático

Indicação

-Limpeza de pele:

- Hidratação

Contra- indicações:

-Perda de Sensibilidade

- Alergia

3. HIPOTERMOTERAPIA

Knight (2000), define crioterapia como "terapia com frio" a aplicação terapêutica de qualquer substância ao corpo que resulte em remoção do calor corporal, diminuindo, assim a temperatura dos tecidos.

As primeiras utilizações do frio com neve e gelo natural foram feitas pelos antigos Gregos e Romanos para tratar uma variedade de problemas médicos. Muitos livros antigos foram escritos sobre a crioterapia no inicio do século XIX e, em 1835, a aplicação de compressas geladas em ferimentos inflamados era bastante popular

A ordem de sensações, quando aplica-se o gelo é: formigamento, cócegas, frio, dor e perda da sensação tátil ( Guirro e Guirro, 2002).

· Indicações de tratamento pelo frio.

- Após traumatismo e inflamação aguda.

Obs:

- Redução de edema: compressão mecânica .

- Analgesia: adaptação do receptor

· Contra - Indicações do tratamento pelo frio.

- Ferimento aberto,

- Alergia,

- Hipersensibilidade ao frio,

- Pele com pouca sensibilidade ou anestesiada,

- Intolerância ao frio,

- Alguns problemas de saúde,

- Cuidado! O Frio também queima!

3.1 Compressas Frias:

As compressas frias podem ser aplicadas no corpo por meio de quatro técnicas:

- Bolsas plásticas com gelo Moído:

Evitar que a bolsa fique muito cheia de gelo, pois ela deve ser moldada no corpo.

A área da lesão deve ser toda coberta (1 bolsa de gelo ou mais). Fixar com a ajuda de uma faixa elástica

- Bolsas reutilizáveis de gel frio:

- Unidade de terapia de frio compressivo (TFC)

- Compressões frias químicas (frio é produzido por uma reação química).

3.2 Bandagem Fria:

A bandagem fria consiste na aplicação de um gel, cuja base substâncias que promovem o resfriamento dos tecidos superficiais, seguidos ou não da colocação da faixa de algodão ou crepe embebidos em soluções. O enfaixamento proporciona uma melhor qualidade no resfriamento e mantém a área resfriada por um período maior.

· Cuidados Especiais:

- Não se deve tomar banho até três horas após a aplicação.

- Não se deve cobrir a área tratada.

- Não enfaixar a área lesada.

· Contra – Indicações:

- Pacientes portadores de distúrbios gástricos ou intestinais,

- Presença de lesões na área a ser tratada,

- Após as refeições no caso de bandagens abdominais.

4. ULTRA-SOM:

É uma forma de energia mecânica que consiste de vibrações de alta freqüência, obtida aplicando-se tensão elétrica oscilante, conveniente, sobre um transdutor que é projetado para expandir-se e contrair-se (efeito piezelétrico) na mesma freqüência que a tensão elétrica aplicada. Desta forma são geradas as ondas ultra-sônicas longitudinais que provocam oscilações nas partículas no meio onde se propagam.

As freqüências das ondas ultra-sônicas variam de 20.000 a 20.000.000 de ciclos, as quais são inaudíveis ao ouvido humano.

As freqüências terapêuticas podem variar de 1MHz (US fisioterápico), 3MHz e 5MHz (US estético).

O aumento da freqüência do US resulta num aumento do atrito das partículas no meio onde está inserido e conseqüentemente gerando um maior efeito térmico em tecidos superficiais acarretando numa maior absorção nos mesmos. Este caráter térmico superficial deve-se à diminuição do comprimento de onda que é inversamente proporcional ao aumento da freqüência da onda.

Devido à diminuição do comprimento de onda e o aumento da temperatura e taxa de absorção em tecidos superficiais decorrentes do aumento da freqüência, obtemos uma diminuição da efetividade de penetração em tecidos profundos.

Quanto maior for à freqüência, menor sua profundidade de atuação e menor deve ser a intensidade aplicada.

Regime de emissão contínua:

As ondas sônicas são contínuas, sem modulação de amplitude, onde se busca o somatório dos efeitos térmicos e efeitos mecânicos (alteração da pressão e micro-massagem).

Na terapia por US contínuo a energia emitida pelo transdutor produz um contínuo incremento no aquecimento dos tecidos.

Regime de emissão pulsada:

As ondas sônicas pulsadas possuem modulação em amplitude com freqüência de 16 a 100 Hz. O uso de US pulsando resulta numa redução média do aquecimento dos tecidos, porém conservando mesmo nível instantâneo de estimulação mecânica no tecido, isto permite o aumento dos efeitos não térmicos do US nos tecidos (Summer & Patrick de 1964).

Relação

Duração

Repouso

25%

2ms

8ms

50%

5ms

5ms

75%

8ms

2ms

A porcentagem de 25%, 50% e 75% é referente ao ciclo de trabalho que pode ser variado. Quanto menor o tempo de pulso, menor o calor produzido.

Efeitos físicos

Quando o US penetra no corpo, exerce um efeito sobre as células e tecidos mediante dois mecanismos físicos: térmico, atérmico.

Efeito Térmico:

Quando a onda de US desloca-se através dos tecidos, uma parte dela é absorvida, gerando calor dentro deste tecido.

A quantidade de absorção depende da natureza do tecido, seu grau de vascularização e da freqüência do US (Guirro, 2002).

Tecidos com elevado conteúdo protéico absorvem mais rapidamente que o com maior conteúdo de gordura.

Para Dyson, para se obter efeitos terapêuticos através do aquecimento, sem lesão, a temperatura do tecido tem que se manter entre 40 e 45ºC por aproximadamente 5 minutos.

Esta temperatura produz um temporário aumento da extensibilidade de estruturas colágenas, aumento da circulação sanguínea e outros.

O efeito térmico é relatado somente nas intensidades superiores a 1w/cm² e no modo contínuo.

Efeito Atérmico:

Consiste na produção de efeitos terapeuticamente significativos sem o envolvimento de uma temperatura expressiva.

Esses efeitos classificam-se em: estimulação da regeneração dos tecidos, reparo do tecido mole, fluxo sanguíneo em tecidos cronicamente isquêmicos, síntese de proteínas (Kitchen et al, 1998).

Outros mecanismos estão envolvidos na produção deste efeito atérmico, como: cavitação, corrente acústica e ondas estacionárias.

Cavitação:

O termo descreve a formação de cavidades ou bolhas no meio líquido, contendo variáveis de gás ou vapor (Guirro, 2002).

Pode ser classificada em:

• cavitação estável;

• cavitação instável ou transiente

Cavitação Estável:

É uma forma pouco agressiva, estando associada com a vibração dos corpos gasosos que oscilam geralmente de forma não-linear. Quando tais oscilações estão estabilizadas, as bolhas de gás produzem um fluxo ou ondulações no meio, conhecidas como microondulações acústicas ou correntes acústicas.

Esse fenômeno pode resultar em alterações terapeuticamente vantajosas, como o: aumento da síntese protéica, aumento da secreção dos mastócitos, aumento da absorção do Ca+, aumento da produção pelos fatores de crescimento pelos macrófagos, alteração na mobilidade dos fibroblastos.

Cavitação Instável:

Ocorre quando há uma violenta implosão de bolhas, se o pico da intensidade for suficientemente alto.

O colapso dessas bolhas libera energia que pode romper as ligações moleculares, provocando a produção de radicais livres, íons hidrogênio e íons hidroxila, altamente reativos.

Essa reação ocorre quando há presença de ondas estacionárias (superposição de ondas). Para evitar essa reação é importante a constante movimentação do cabeçote transdutor durante a aplicação.

Restrições e contra-indicações:

• Útero gravídico e gônadas;

• Tumores e lesões cancerosas;

• Anormalidades vasculares, por exemplo TVP, êmbolos, aterosclerose;

• Infecções agudas;

• Área cardíaca;

• Olho;

• Hemofílico não cuidado pela reposição do fator;

• Área sobre saliências ósseas subcutâneas;

• Placas epifisárias;

• Medula espinhal após laminectomia;

• Grandes nervos subcutâneos;

• Crânio;

• Áreas anestésicas.

Cuidados especiais

Não ultrapassar a dosagem. Não deixar o cabeçote parado sobre um local durante a terapia.

Não deixe o cabeçote vibrar no ar enquanto ligado, pois isso danificará seu cristal.

Não deixe o cabeçote cair no chão, pois poderá danificá-lo, principalmente seu cristal.

Entre um paciente e outro limpe bem o cabeçote, eliminando o resto do gel. Para desinfecção do cabeçote, use um pano limpo umedecido com álcool.

Para evitar um contato direto pode ser colocado um preservativo no cabeçote, de forma que o mesmo fique bem adaptado e não contenha ar sobre a superfície de aplicação.


5. VACUOTERAPIA

Esta técnica vem sendo pesquisada na década de 90 pelos franceses que apelidaram "palper-roler" e posteriormente ficou conhecida como endermologia. A vacuoterapia usa um sistema de rolos e vácuos que suavemente efetua uma massagem profunda, com atuação principalmente no sistema linfático onde as toxinas e líquidos anormais são expelidos das fibras musculares e absorvidos pelo metabolismo. As fibras do tecido conectivo são alongadas dando um contorno corporal mais definido e a ação colágeno é restaurada. A vacuoterapia ao contrário da lipoaspiração não é invasiva, podendo conjugar-se a lipoaspiração quando necessário.

A vacuoterapia tem como campo de atuação os sistemas circulatórios e preferencialmente o sistema linfático nos planos profundos e superficiais. Seu papel principal é restabelecer o equilíbrio hídrico dos tecidos e conseqüentemente a absorção (eliminação de toxinas), o que leva um maior fluxo de nutrientes sangüíneos e um aumento de oxigenação e renovação celular, melhorando a qualidade das fibras musculares.

Estas transformações ocorrem graças à sucção gerada por um mini compressor elétrico, transmitida a um bocal.

Indicação:

1. Melhora na circulação sangüínea;

2. Após imobilização;

3. Celulite;

4. Tensão;

5. Relaxamento;

6. Pré e pós-cirúrgico;

7. Adiposidade.

Contra indicações da utilização da depressomassagem

1. Sobre ferimentos;

2. Áreas com equimose/hematomas;

3. Erupções na pele;

4. Artrite, artrose, reumatismo;

5. Renal crônico;

6. Flebites;

7. Neoplasias;

8. Trombose;

9. Gravidez (na área do abdômen);

Número de sessões:

O número de sessões deste equipamento é ilimitado, porém para que os efeitos possam surgir, é necessário um programa de 10 a 15 sessões podendo estender-se até 20 sessões dependendo do caso. É Ideal que seja realizada 2 a 3 sessões por semana. Mais que 3 sessões não significa que os resultados serão melhores que os outros.

Endermologia

Trata-se de uma técnica de tratamento que engloba equipamentos específicos (daí suas diferentes denominações), baseados na sucção (pressão negativa), acrescida de uma mobilização tecidual positiva efetuadas por rolos localizados no cabeçote de aplicação, produzindo uma mobilização profunda da pele e tela subcutânea, permitindo um incremento na circulação sanguínea superficial.

Possui as seguintes funções:

Hipervascularização: mobiliza o sangue dos capilares cutâneos, melhora o trofismo do vaso sanguíneo e favorece a alimentação celular.

Desfibramento: atua na melhora do trofismo e age na reestruturação do tecido conjuntivo, com entrada de enzimas e de elementos nutritivos e a eliminação de toxinas. Diminuição de fibroses, proporcionando remodelagem e uniformizando a textura tecidual. Promove uma maior maleabilidade tecidual.

Indicações:

-Extração de comedões,

-Diminuir aderências das cicatrizes – lesões antigas

- Diminuir fibrose

- Diminuir aderências das cicatrizes – lesões mais antigas

Contra Indicações:

- Pessoas com Estrias

- Pessoas com flacidez.

- Pós operatório imediato

- Problemas de pele- dermatite, CA,.

- Pessoas muito sensíveis-

Modo de aplicação:

Modo: óleo ou malha.

6. PRESSOTERAPIA:

É um recurso indispensável nos tratamentos corporais e pós-cirúrgicos, proporcionando a ativação da circulação de retorno, estimulando a reabsorção dos líquidos intersticiais e das toxinas retidas.

A pressoterapia possibilita a entrada do líquido intersticial nos vasos sangüíneos e conseqüentemente o aumento do volume de líquido circulante que aumentará a pressão arterial e que conseqüentemente com a aplicação da pressoterapia aumentará sobre os vasos e facilitará a drenagem linfática.

O recurso pode ser formado por câmaras independentes (pés, panturrilhas, coxas e abdome) que permitem uma melhor aplicabilidade, praticidade e higiene possibilitando uma drenagem cíclica seqüencial de modo que exercem uma série de pressões sincronizadas com um sentido centrípeto que é encarregado de realizar a drenagem.

De acordo com o caso clínico a ser tratado o recurso pode possuir três tipos de drenagem cíclica seqüenciada com bombeamentos distintos dependendo do objetivo. Os programas podem permitir selecionar o tipo de drenagem, o número de repetições (batimentos), o tempo de intervalo entre cada bombeamento, podendo ser ainda realizada uma drenagem associada a uma vibração, que permite uma sensação de relaxamento.

Indicação:

- Auxilia na Drenagem Linfática

Contra Indicações:

-Idem a Vacuoterapia

7. ELETROTERAPIA.

7.1 História:

- Na Grécia Antiga, no Império Romano, utilizava-se o efeito analgésico da descarga elétrica produzida por peixes elétricos.

- Nos anos de 1747 e 1748 um físico americano chamado Benjamim Franklin (1706-1790) formulou uma explicação para a eletrização dos materiais.

- Em 1786 Luigi Galvani estimulou os nervos e múculos de rãs com cargas elétricas..

- Humboldt chamou a corrente constante de “galvanismo”.

- Em 1833, Fabre- Palatrat iniciou o estudo da Iontoforese.

7.2 Conceitos da Física:

- Eletricidade: é uma forma de energia.

- Energia: capacidade de um sistema em efetuar trabalho.

Existem vários tipo de energia: Eletromagnética, elétrica, cinética, potencial.

- Corrente Elétrica : deslocamento de elétrons.

- Corrente Contínua: corrente elétrica unidirecional.

- Condutor Elétrico: substância que permite a passagem da eletricidade.

- Eletródo: condutor metálico por onde uma corrente elétrica entra num sistema e sai do mesmo.

- Íon: um átomo que perde a neutralidade, Istoé perdeu ou ganhou um elétron.

- Íons Positivos: cátions

- Ions Negativos: ânions

- Intensidade: quantidade de corrente elétrica que passa pelo condutor.

- Ampére (A): é a medida da intensidade. Um(1) ampére é a quantidade de 1 Coulomb ( +/- 6 trilhoes de elétrons) que passa por segundo numa seção do condutor.

- Princípios Elementares: Onda, Ciclo, Período, Freqüência .

- Freqüência: alta, média e baixa.

Classificação das correntes elétricas:

Quando estabelecemos uma corrente elétrica, que flui num único sentido, dizemos que essa corrente é contínua.

Quando estabelecemos uma corrente elétrica que flui, ora num sentido, ora em sentido contrário, dizemos que essa corrente é alternada.

i

i









Corrente contínua e constante, gerada por um circuito de controle de corrente



t


t













i



Caixa de texto: I n t en s I dade

1.


Período e Freqüência

Observe os dois exemplos a seguir:








t



Em ambos os casos existem configurações que se repetem a intervalos de tempos (T) iguais.

Quando isso ocorre, dizemos que a corrente elétrica possui uma forma de onda associada, periódica.

Chamamos de período (T) da corrente, ao tempo gasto para ocorrer uma oscilação completa.



Caixa de texto: T= TE + TR

Em correntes periódicas e intervaladas, o período (T) pode ser descrito pela relação:

TE: tempo de exposição. É o intervalo de tempo durante o qual a corrente está circulando.

TR: tempo de repouso. É o intervalo de tempo durante o qual a corrente não está circulando.

7.3 Conceitos Básicos da Química.

Classificação:

Íons positivos = cátions

Íons negativos = ânions

Linha:

Reações:

# Elétrons de igual polaridade se repelem.

# Elétrons de diferentes polaridades se atraem.

7.4 Iontoforese:

Neste recurso, uma fonte de corrente gera uma corrente contínua, constante e de baixa intensidade (corrente galvânica), que circula entre dois eletrodos condutores, transmitindo calor ao tecido dérmico e permitindo a penetração superficial de substâncias iônicas encontradas em produtos cosméticos (Silva, 1988).

Os elétrons se deslocam, em um único sentido e, devido a essa particularidade, é utilizada pela sua propriedade de deslocar íons.

Em condutores metálicos se estabelece um fluxo de elétrons que se movimentam do pólo negativo (onde há excesso de elétrons), em direção ao pólo positivo (onde há um déficit de elétrons). Os pólos mantêm-se fixos, ou seja, não mudam de sinal (positivo ou negativo).

Em condutores sólidos (metais e carbono) transporta energia numa direção única.

Em condutores líquidos ou eletrólitos ela transporta matéria, porque íons são átomos ou grupos de átomos com carga elétrica. Os íons têm um ou vários núcleos e, portanto tem massa e representam matéria.

Quando atravessa uma solução eletrolítica determina efeitos polares negativos e positivos, provocando um deslocamento de íons para os pólos de carga elétrica contrária.

Ao atravessar os tecidos do corpo humano produz efeitos físico-químicos cujos fundamentos se manifestam principalmente na dissociação molecular.

Cuidados:

- Cuidados com as substâncias utilizadas,

- Pode queimar o paciente,

- Na área de aplicação não pode ter lesão,

- Galvanismo Intra-oral: restaurações metálicas.

Contra-Indicações:

- Mesmas de qualquer corrente elétrica: gestantes, pacientes cardíaco.

- Quem usa aparelho ou tem placas metálicas no rosto.

Modo de aplicação:

- Ver qual a finalidade da substancia a ser aplicada.

- Cuidado com a polaridade dos íons e com os eletrodo.

7.5 Eletrolise:

É a depilação através da corrente galvânica. Para realizar esta técnica é necessário eletródo especial: agulha ou pinça.

Contra- Indicações:

- Mesmas de qualquer corrente elétrica.

Cuidado:

- Não deve ser feito em pelos muito próximo uns dos outros, para evitar cicatrizes.

- Pode queimar, pode deixar mancha e pode deixar cicatrizes.

7.6 Eletrolifting :

É a utilização da Corrente Galvânica para o tratamento de: rugas ou linhas de expressão.

Contra –Indicação

- Pessoas com tendência a quinóide

- Mesmas contra-indicações de qualquer corrente

Aplicação:

- O 1°procedimento deve ser efetuado sobre a pele: limpar o local com álcool ou com subst. Anticéptica.

- Intensidade= varia com a região e com o paciente. Técnica: não invasiva.

-Não efetuar tratamentos descongestionantes após o eletrolifting.

- Usar bloqueador solar após o termino da sessão.

- Não tomar sol.

7.7 Desencruste:

Nesta função, uma fonte de tensão contínua e constante, que circula entre dois eletrodos condutores, sendo um eletrodo móvel (jarra jacaré) e outro fixo (eletrodo passivo), permitindo a penetração superficial de substâncias iônicas encontradas em produtos cosméticos (soluções desincrustantes) (Silva, 1988).

Esses produtos cosméticos têm a propriedade de transformar a gordura superficialmente incrustada nos folículos pilosos, transformando-a em sabão. Essa reação é conhecida como saponificação.

O sabão produzido é posteriormente retirado, reutilizando-se a técnica descrita, invertendo-se a polaridade.

Como a atuação desta função é exclusivamente dérmica, não existe possibilidade de provocar estimulação neuromuscular.

Cuidado:

-Formas de eletrodos: Jacaré, Gancho metálico.

-Só e realizada em pele oleosa ou mista com tendência a oleosa.

-Aplicação não deve ser realizada diariamente.

- Cuidado : Pele com lesão, hipertrofia da glândula sebácea.

7.8 Alta freqüência:

Neste modo produz-se um pequeno centelhamento através da extremidade de um eletrodo de vidro, atingindo superficialmente a pele (Silva, 1988).

Como não é gerada nenhuma corrente, o efeito é meramente superficial, sendo incapaz de provocar estimulação neuromuscular.

Dois efeitos são observados na aplicação da técnica:

Térmico: o centelhamento faz com que uma discreta energia seja transferida para a pele. Ao absorver essa energia, a mesma é transformada em calor, provocando um pequeno aquecimento do tecido.

Químico: entre o eletrodo e o tecido o centelhamento passa, necessa­ria­­men­te, pelo ar. A passagem do centelhamento pelas moléculas de oxigênio provoca a formação do gás Ozônio, que é o oxigênio trivalente (O3) e tem propriedades que são úteis para aplicação.

Indicação:

-Após limpeza de pele,

- Após depilação,

- Auxilia na cicatrização

Eletródos:

- Cebolinha

- Cebolão

- Fulgurador

- Forquilha

- Pente

- Saturador

Aplicação:

- Aplicação direta sem afastamento ou fluxação. Não é indicado a utilização de cremes, gases ou papel nessa técnica.

- Aplicação direta com afastamento ou de Faiscamento direto.

7.9 Microcorrente:

Trata-se de um tipo de eletroestimulação que utiliza correntes baixa intensidade (micro-amperagem), baixa freqüência, podendo apresentar correntes contínuas ou alternadas.

Neste recurso, uma microcorrente pulsada e alternada, que circula através de dois eletrodos condutores, móveis, atua na derme, acelerando a síntese de ATP, síntese de proteínas e melhorando o mecanismo de transporte de membrana, conforme comprovado nos estudos histoquímicos registrados em Cheng et al (1982), que demonstram aumento na geração de ATP da ordem de 500% e um incremento no transporte de aminoácidos da ordem de 30-40%.

Pelo aumento da produtividade dos fibroblastos, aumenta a síntese das fibras de colágeno, elásticas e reticulares. Isto provoca uma aceleração da regeneração celular.

Uma microcorrente pode ser projetada com variações de freqüências cujos valores podem ser: 300Hz, 400Hz, 500Hz e 600Hz, para atuar em todos os tipos de peles a ser aplicada.

Ação fisiológica das microcorrentes

- Aumento da produção de ATP local:

- Aumenta a circulação local- oxigênio. Faz com que o músculo tenha um boa tonicidade.

- Aumenta o transporte ativo de membranas:

-A energia liberada pelo ATP, e o aumenta o transporte ativo de aminoácidos e aumenta a síntese de proteínas.

Contra- Indicações:

- Mesmas de qualquer corrente elétrica.

7.10 Corrente Russa:

Corrente Alternada interrompida com freqüência de 2.500 Hertz, modulada por uma freqüência de batimento de 50 Hz.

É uma corrente alternada interrompida com freqüência de 2500Hz, que pode ser modulada de acordo com o objetivo. Sua modulação é de 50Hz.

Algumas características da corrente "Russa"

- É uma corrente excitomotora de média freqüência. Sua freqüência está fixada em 2500 Hz uma vez que a despolarização máxima do nervo motor ocorre nesta freqüência.

- É uma corrente de efeito de profundidade, pois atinge estruturas teciduais profundas.

- É uma corrente modulada em baixa freqüência, despolarizada, alternada, interrompida e seletiva.

- Despolarizada, pois não apresenta pólos definidos sendo ora negativa, ora positiva. Por causa disto não ocorre o deslocamento de íons, podendo ser utilizada por mais tempo.

- Seletiva, porque podemos modular em baixa freqüência, trabalhando tanto as fibras vermelhas quanto as brancas, dependendo da freqüência utilizada.

- As unidades motoras tônicas são compostas por fibras musculares vermelhas ricas em capilares e resistentes à fadiga.

- As unidades motoras fásicas são constituídas por fibras brancas pobres em capilares e não resistentes à fadiga.

-

Indicação:

Auxilia o fortalecimento muscular

Auxiliar na drenagem linfática. ATENÇÃO!!

Contra –indicações:

# Marcapassos,

# Pacientes cardíacos- Problemas Respiratórios,

# Gestantes,

# Não estimular seios carotídeos, –reflexo vago-vagais

# Não Estimular pescoço e boca- espasmos dos músculos laríngeos e faríngeos,

# Lesões Musculares Agudas e Tendinosas,

# Pacientes neurológicos –tônus alterados,